O recorde registrado no segundo semestre de 2022 já foi superado. Nos seis primeiros meses de 2023 a receita cambial da carne de frango aumentou 10,28% em relação a idêntico período do ano passado e, pela primeira em vez em apenas um semestre, superou os US$5 bilhões.
Foram, ao todo, pouco mais de US$5,080 bilhões. Contribuíram para que se atingisse esse valor as exportações de junho: considerados os quatro principais itens embarcados, 431,6 mil toneladas, 3,65% a mais que no fechamento do primeiro semestre de 2022. Tal volume, por sua vez, rendeu US$867 milhões, segundo melhor resultado de 2023.
O recorde, naturalmente, não ficou restrito à receita. Também pela primeira vez na história das exportações brasileiras de carne de frango, o volume de carne de frango embarcado em apenas um semestre superou os 2,5 milhões de toneladas, aumentando perto de 10% em comparação ao mesmo semestre do ano passado.
Como no segundo semestre de 2022 as exportações de carne de frango sofreram alguma desaceleração (as exportações do período retrocederam 1,2% em relação ao semestre anterior), o volume acumulado nos últimos 12 meses registra evolução mais modesta, de 5,34%, índice que tende a se elevar neste semestre se mantido o desempenho médio dos últimos seis meses.
Sob esse aspecto, a simples manutenção, agora, do mesmo volume exportado no primeiro semestre redunda em embarques da ordem de 5,130 milhões de toneladas, 10,25% a mais que em 2022.
Porém, em sentido contrário (devido à queda no preço médio) prevalece tendência natural de aumento mais contido na receita cambial. Em 2022 ela aumentou 27% e, neste ano, o incremento pode não ir muito além dos 10%. Mesmo assim, o total anual deve superar os US$10 bilhões, outro resultado que o setor tende a registrar de forma inédita.
