Os contratos futuros da soja na CBOT fecharam em baixa, após quatro sessões consecutivas de alta. Os principais vencimentos registraram quedas de 15,50 a 20,50 centavos, com o agosto/23 cotado a US$ 14,88¼ (- 1,40%) e o novembro/23 a US$ 13,39½ (- 1,14%) o bushel.
Os contratos futuros do farelo de soja na CBOT fecharam em baixa pela terceira sessão consecutiva. Os principais vencimentos registraram quedas de US$ 1,40 a US$ 1,90, com o agosto cotado a US$ 408,20 (- 0,46%) e o dezembro a US$ 391,80 (- 0,39%), a tonelada curta.
O óleo de soja fechou em baixa, após três sessões consecutivas de alta, com o dezembro registrando uma queda de 3,52%.
A soja fechou em baixa em um movimento de realização de lucros, depois das intensas e consecutivas altas registradas na semana. O mercado segue também mantém o seu foco nas condições climáticas do Corn Belt.
Os mapas atualizados seguem mostrando mais chuvas nos próximos dias. Abaixo, a imagem do NOAA mostra as precipitações esperadas para os próximos sete dias.
Nesta quinta-feira, o destaque foi a atualização dos mapas do Drought Monitor, que mostraram uma redução nas áreas secas de soja e milho nos Estados Unidos de 3% em ambas as culturas. Na soja, o percentual passou para 60% e no milho para 67%. As chuvas dos últimos dias favoreceram a melhora e, no caso do milho, ajudaram até mesmo a promover uma melhora também nas condições das lavouras, como informou o USDA no início desta semana.
Segundo as informações do Drought Monitor, as condições melhores registradas no Meio-Oeste americano ocorreram pelas boas chuvas que chegaram à região, alcançando áreas como o Centro e Norte de Illinois, Kentucky, partes de Indiana e Ohio. No entanto, o Drought Monitor também destaca que áreas como o Sul do Missouri, Leste de Wisconsin, além do Centro e Norte de Minnesota continuam secos. São mudanças generalizadas, porém, nem todas elas para melhor.
Os mercados de grãos oscilaram, em meio à turbulência nos mercados financeiros, motivada pelo aumento das expectativas de aumento das taxas de juros nos EUA.
A ata da reunião do Comitê de Política Monetária do Federal Reserve dos EUA em junho, mostrando que o banco central pretende retomar a elevação das taxas de juros na batalha contra a inflação, estimulou reversões nos mercados em todo o mundo.
Os índices das bolsas de Wall Street estavam em baixa de 1,30% por volta do meio-dia, com o índice FTSE 100 de Londres caindo 2,20%, embora a queda no petróleo Brent tenha sido limitada a 1% por dados que mostram uma queda maior do que a estimada nos estoques de petróleo dos EUA.
Milho fecha em alta em movimento de correção
Os contratos futuros do milho na CBOT fecharam em alta, após nove sessões consecutivas de baixa. Os principais vencimentos registraram ganhos de 13 a 13,75 centavos, com o setembro cotado a US$ 4,99 (+ 2,83%) e o dezembro/23 a US$ 5,06½ (+ 2,63%) o bushel.
Os contratos futuros do trigo na CBOT fecharam em baixa. Os principais vencimentos registraram quedas de 13,75 a 16,25 centavos, com o setembro cotado a US$ 6,58 (- 2,41%) e o dezembro/23 a US$ 6,76½ (- 1,99%) o bushel.
Etanol EUA
A produção média de etanol nos Estados Unidos foi de 1.060 milhão de barris/dia na semana encerrada em 30 de junho. O volume é 0,76% maior do que o da semana anterior de 1.052 milhão de barris/dia. Já os estoques do biocombustível registraram uma queda de 3,04%, para 22.3 milhões de barris, enquanto as exportações totalizaram 80.000 barris na semana, queda de 23,08% em relação aos 104.000 barris da semana passada. Os números foram divulgados hoje pela Administração de Informação de Energia do país (EIA, na sigla em inglês).
As estimativas dos analistas consultados pela Dow Jones Newswires variavam entre 1.040 milhão de barris e 1.048 milhão de barris/dia. Quanto aos estoques, as estimativas variavam entre 22.779 milhões e 23.050 milhões de barris.
Os números de produção de etanol nos Estados Unidos são um indicador da demanda interna por milho. No país, o biocombustível é produzido principalmente com o grão e a indústria local consome mais de um terço da safra doméstica do cereal.
Exportações Brasil
As exportações de milho do Brasil em junho (21 dias úteis), totalizaram 1.034 milhão de toneladas, com média diária de 49.251 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 261,70.
Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.