1º Hackathon Embrapa: criação de novos apps para o agro desafiará universitários

“Entendemos que uma maratona de programação sobre desafios tecnológicos, enfrentados pela Embrapa, representará uma oportunidade de formação para universitários que entram em contato com problemas reais, que poderão ser resolvidos com conceitos que aprenderam na faculdade”, ressalta a analista Martha Delphino Bambini, da área de Transferência de Tecnologia da Embrapa Informática Agropecuária. Foto: Lilian Alves
“Entendemos que uma maratona de programação sobre desafios tecnológicos, enfrentados pela Embrapa, representará uma oportunidade de formação para universitários que entram em contato com problemas reais, que poderão ser resolvidos com conceitos que aprenderam na faculdade”, ressalta a analista Martha Delphino Bambini, da Embrapa Informática Agropecuária. Foto: Lilian Alves

Valorizar e reconhecer a criatividade das equipes de universitários participantes, em torno da criação de novas soluções baseadas em Tecnologia de Informação (TI), com foco em software que possam contribuir para o setor agrícola brasileiro. Este é o principal objetivo do 1º Hackathon Embrapa – Edição Campinas, conforme explica a analista Martha Delphino Bambini, da área de Transferência de Tecnologia da unidade de Informática Agropecuária (SP) da estatal, em entrevista à equipe SNA/RJ.

“Entendemos que uma maratona de programação sobre desafios tecnológicos, enfrentados pela Embrapa, representará uma oportunidade de formação para universitários que entram em contato com problemas reais, que poderão ser resolvidos com conceitos que aprenderam na faculdade”, ressalta Martha.

As inscrições estarão abertas até o próximo dia 28 de outubro, mas antes disto, no dia 22, será realizado o Esquenta, um evento preparatório anterior ao Hackathon, para apresentar aos participantes e interessados o desafio proposto e suas implicações, bem como promover oficinas sobre ferramentas de desenvolvimento.Este primeiro encontro será realizado na unidade da Embrapa Informática Agropecuária, em Campinas (SP).

As novas tecnologias criadas para o 1º Hackathon Embrapa – Edição Campinas devem ser voltadas ao desenvolvimento de propostas de apps móveis, capazes de processar e armazenar imagens digitais, visando ao diagnóstico automático de doenças em cultivos agrícolas. O evento será promovido no dia 19 de novembro, sábado, das 8 às 17 horas, na sede da unidade da estatal.

Segundo a Embrapa, a comissão organizadora divulgará, em 11 de novembro, a lista das oito equipes selecionadas para participar da maratona, conforme avaliação curricular. Durante a disputa, serão levados em conta a utilidade do aplicativo proposto, aplicabilidade da solução ao setor agropecuário, interface e experiência do usuário, criatividade, inovação e originalidade da solução proposta, além da qualidade do código, que envolve clareza, modularização, facilidade de manutenção e documentação.

 

CONECTIVIDADE

Segundo Martha, “os dispositivos de mobilidade conectam a vida dos indivíduos de uma forma crescente e irreversível”. “A ABES (Associação Brasileira das Empresas de Software) estima um mercado superior a U$ 27,5 bilhões. Neste contexto, as empresas, incluindo os empreendimentos agropecuários, terão de se adaptar a dispositivos conectados à rede, acessando dados de produção e informações para suporte à decisão”, salienta a analista.

De acordo com ela, os serviços de dados móveis serão impulsionados pelo desenvolvimento e adoção de aplicativos e pagamento móvel: “No caso do Brasil, a comunicação móvel vem crescendo em complexidade à medida que penetra em diferentes culturas e classes sociais, com grande impacto em diferentes camadas econômicas”.

“Mesmo sendo um país com extremas diferenças sociais, o Brasil é uma das nações a adotar, de forma mais intensa, novas tecnologias e a cultura digital”, destaca.

“Uma grande parcela da população brasileira não possui ainda acesso a telefones fixos, devido à inexistência de infraestrutura, como é o caso em áreas rurais. Neste aspecto, a tecnologia sem fio transpõe este problema, caracterizando-se como um instrumento de inclusão digital e social”, comenta Martha.

No setor agropecuário, os aparelhos celulares vêm ajudando a levar informação e conhecimento para produtores rurais em vários países.

“Os equipamentos móveis, mais baratos do que os computadores de mesa, são mais fáceis de usar e podem ser transportados para outros locais, conforme a conveniência, tornando-se mais acessíveis para as populações locais e podendo se tornar um importante instrumento para tomada de decisão.”

Na visão de Martha, os celulares possuem um grande potencial de atuar no crescimento da qualidade de vida de populações rurais, ao propiciar acesso à informação, serviços e produtos. “Entre as informações mais buscadas estão a previsão e o estado do tempo”, cita.

 

DIAGNÓSTICOS EM CAMPO

Os apps móveis, que serão desenvolvidos por universitários que participarão do 1º Hackathon Embrapa – Edição Campinas, terão de ser capazes de processar e armazenar imagens digitais, com foco no diagnóstico automático de doenças em cultivos agrícolas.

Pesquisadora da Embrapa Informática Agropecuária, Luciana Alvim Santos Romani ressalta que pesquisas vêm sendo desenvolvidas pela estatal com o objetivo de utilizar imagens de plantas para o prognóstico de doenças de vários cultivos, desde o início dos anos 2000.

“Uma das ações em curso envolve a integração de processamento digital de imagens fotográficas para diagnóstico automático a partir de sistemas especialistas”, relata a pesquisadora, em entrevista à equipe SNA/RJ.

 

“Um gargalo nas ações de pesquisa em desenvolvimento envolve, justamente, a dificuldade em se obter imagens em quantidade e com qualidade suficiente para uma condução adequada das pesquisas”, diz a pesquisadora Luciana Alvim Santos Romani, da Embrapra Informática Agropecuária. Foto: Lilian Alves
“Um gargalo nas ações de pesquisa em desenvolvimento envolve, justamente, a dificuldade em se obter imagens em quantidade e com qualidade suficiente para uma condução adequada das pesquisas”, diz a pesquisadora Luciana Alvim Santos Romani, da Embrapa Informática Agropecuária. Foto: Lilian Alves

De acordo com Luciana, “um gargalo nas ações de pesquisa em desenvolvimento envolve, justamente, a dificuldade em se obter imagens em quantidade e com qualidade suficiente para uma condução adequada das pesquisas”.

“Este é um desafio de pesquisa enfrentado por grupos em todo o mundo. E esta é uma das razões que explica o fato de ainda não existir, atualmente, uma ferramenta robusta e efetiva para o diagnóstico automático de doenças em plantas a partir de imagens fotográficas. Busca-se, com este desafio (do 1º Hackathon Embrapa – Edição Campinas), obter soluções inovadoras para tratar este problema”, destaca a pesquisadora.

 

MIP

Fora a primeira edição do concurso, segundo Luciana, a Embrapa está promovendo outro Hackathon, em Brasília (DF): “É uma maratona de programação com o desafio de criar softwares que auxiliem técnicos e produtores na tomada de decisão do Manejo Integrado de Pragas (MIP)”. Leia mais em ow.ly/7mPF3057oGU.

Para mais informações sobre o desafio em SP, acesse ow.ly/MJZi3057okT (link encurtado). Outros detalhes também estão disponíveis no site da competição (www.embrapa.br/informatica-agropecuaria/hackathon) ou podem ser solicitadas à comissão organizadora pelo e-mail: cnptia.hackathon@embrapa.br.

 

PARCERIAS

O 1º Hackathon Embrapa – Edição Campinas conta com apoio da Agência de Inovação da Unicamp (Inova Unicamp), Associação para Promoção da Excelência do Software Brasileiro (Softex), CoaShe, Ima, Baita Aceleradora e Departamento de Engenharia de Computação e Sistemas Digitais – PCS/USP. O patrocínio é da Agrosmart, PCA, Promon Logicalis, Samsung Instituto de Desenvolvimento para Informática (Sidi-Samsung), CI&T e SP Ventures.

 

Por equipe SNA/RJ

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