Um dos principais avanços do setor de logística no Brasil, nos próximos anos, será a implementação de ações envolvendo políticas públicas, além da iniciativa privada nacional e internacional para a criação de Centros de Integração Logística (CIL). É o que prevê o diretor da Sociedade Nacional de Agricultura, Paulo Protásio.
Segundo ele, dentro desse conceito, serão montadas diversas estruturas para atender o setor. Entre elas: plataformas logísticas, áreas de atividades logísticas (inclusive de apoio aos portos marítimos), centros de distribuição de mercadorias e terminais intermodais (com polos de armazenagens e serviços aduaneiros), entre outros. “O Sistema Nacional de Viação (SNV) é extremamente carente, e depende do avanço desses tipos de estruturas para ampliar a integração modal no país”, justifica Protásio.
NOVAS CONFIGURAÇÕES
A instalação dos Centros de Integração Logística, na opinião do diretor da SNA, “vai permitir o surgimento de novas configurações para os fluxos de mercadorias, gerando áreas que irão evoluir para ‘placas logísticas’, ‘rótulas logísticas’, ‘eixos logísticos’, entre outras estruturações estratégicas no âmbito da ampliação da intermodalidade, que vão contribuir para a redução dos custos de transportes, entre outros fatores”.
Além disso, Protásio explicou que implantação dos CIL’s permitirá a realização de serviços e operações especiais, incluindo a possibilidade de tráfego entre “zonas francas” de transportes no território brasileiro.
“A efetiva redução dos custos de transportes no Brasil passa inevitavelmente pelo planejamento e operação de estruturas do tipo CIL, que prevê, em sua composição e modelos de investimentos, negócios e operações, uma intensa participação do setor privado”, ressalta.
INICIATIVAS
Atualmente, o governo do Estado do Rio de Janeiro, no desenvolvimento do seu Plano Estratégico de Logística e Carga (PELC), prevê a implantação de plataformas logísticas. Os estudos e pesquisas em desenvolvimento da Secretaria de Política Nacional de Transportes (SPNT), do Ministério dos Transportes, em cooperação com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), pretendem estabelecer uma metodologia para a localização, implantação e operação dos CIL’s no país, com o objetivo de subsidiar as políticas públicas para a intermodalidade do transporte de cargas.
“No caso do PELC, uma das suas virtudes consta em potencializar ações do Plano Estadual de Logística e Transportes (PELT), do Estado de Minas Gerais, com destaque para a ligação da ‘placa logística’ da Zona da Mata mineira com o centro no município de Juiz de Fora (MG), com terminais intermodais do sul flumiense e com o Porto do Rio de Janeiro e Itaguaí (RJ)”, explica Protásio.
Quanto às ações em curso pela SPNT, segundo o diretor da SNA, se implementadas de forma correta, poderão mudar, de modo significativo, as estruturas viárias do Brasil, com a ampliação da intermodalidade, além de garantir soluções para problemas de estoques, armazenagens, serviços logísticos, aduaneiros, entre outros, em diversos pontos do território nacional.
Protásio lembra que iniciativas como essas foram elaboradas, de forma pioneira, pelo projeto “Rumos 2015”, do governo do Estado do Rio Grande do Sul.
Equipe SNA/RJ