Pecuária de precisão é opção para se ajustar ao mercado

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Ideia da pecuária precisão é buscar animais que produzam mais comendo menos ingredientes que possam substituir o milho e aditivos. Foto: Divulgação

“Fazer pecuária de precisão é ajustar-se continuamente ao mercado, usar os recursos disponíveis com máxima eficiência, reduzir custos e melhorar a produtividade”, explicou a consultora de mercado, Lygia Pimentel, durante mais um Encontro Regional de Pecuária de Corte, realizado na última sexta-feira, 11 de março, na cidade de Quirinópolis, em Goiás.

Lygia foi palestrante nos encontros promovidos pela Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), Serviço Nacional de Aprendizagem Rural em Goiás (Senar Goiás) e Sindicatos Rurais (SRs) e descreveu muito bem o que se passa na pecuária brasileira: “para uma pecuária rentável é necessário observar os detalhes e principalmente o mercado”.

Nada mais compreensível, já que o setor convive atualmente com margens estreitas e em formas de ciclo com preços variados. Ou seja, redução da oferta e estagnação do mercado. “Hoje o poder de compra do consumidor não é mais o dos anos anteriores. A opção, agora, é pelas carnes de aves e suínos, que correspondem com preços acessíveis e com a mesma qualidade que a carne bovina oferece. Com isso, houve diminuição da demanda de acordo com o consumo interno”, destacou Lygia.

Segundo a consultora, a ideia é buscar animais que produzam mais comendo menos ingredientes que possam substituir o milho e aditivos, e que otimizem a atividade ruminal, automação de processos para economizar mão de obra, instalações mais funcionais e técnicas de manejo que garantam o bem-estar animal. Tudo isso, de acordo com Lygia, é pecuária de precisão.

Para ela, é uma opção favorável e previsível para o mercado brasileiro de confinadores, já que a atividade não vive mais de lucros especulativos. “Algumas técnicas de precisão já estão disponíveis no Brasil, mas demandam aperfeiçoamento ou incorporação a sistemas integrados. Sobrevirão aqueles que souberem usá-las a seu favor, em resposta às demandas mercadológicas futuras”, salientou.

 

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Para o presidente da Comissão de Pecuária de Corte da Faeg, Maurício Velloso, o fator principal para motivar o setor na obtenção do pecuarista de precisão é um produtor bem informado. Foto: Fredox Carvalho/Divulgação Faeg

INFORMAÇÃO

Para o presidente da Comissão de Pecuária de Corte da Faeg, Maurício Velloso, o fator principal para motivar o setor na obtenção do pecuarista de precisão é um produtor bem informado.

“Existem técnicas novas a cada momento no mercado e também novas exigências. É preciso que o pecuarista esteja no meio das novidades. Um dos nossos desafios como representantes do setor é mudar a visão do produtor a aderir a tecnologias e informações que estão da porteira para fora como a pecuária de precisão”, ressaltou Velloso.

Procurando por informações sobre as novidades do mercado e principalmente da atividade pela qual trabalha há anos, o pecuarista Heinz Guderian vê no setor uma possibilidade de avanço no incremento da sua produção.

“A pecuária de corte demanda mudança rotineira na produção, o que nos exige profissionalismo e adequação ao mercado. Os Encontros de Pecuária de Corte são fundamentais para que isso aconteça, porque traz ao nosso município as informações que tanto precisamos”, destacou o produtor, que trabalha na atividade da pecuária de corte em sua propriedade de 300 hectares.

 

Fonte: Faeg

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