Nova zona logística deve ser um dos legados olímpicos, diz Paulo Protásio

“A implantação da Zis-L (Zona Internacional de Serviços Logísticos) deve ser um dos legados olímpicos que a classe produtiva tanto anseia. E nós assumimos este papel de implementá-la”, ressalta o diretor da SNA Paulo Protasio, que também preside a Associação Comercial do Rio Janeiro. Foto: Divulgação ACRio
“A implantação da Zis-L (Zona Internacional de Serviços Logísticos) deve ser um dos legados olímpicos que a classe produtiva tanto anseia. E nós assumimos este papel de implementá-la”, ressalta o diretor da SNA Paulo Protasio, que também preside a Associação Comercial do Rio Janeiro. Foto: Divulgação ACRio

Faltam poucos dias para o encerramento das Olimpíadas e início das Paralimpíadas Rio 2016, mas os resultados positivos da realização deste grande evento no Brasil já podem ser avaliados, especialmente pelo setor produtivo do País. De acordo com o diretor da Sociedade Nacional de Agricultura Paulo Protasio, “a cidade olímpica, que é global, deve se transformar, agora, em Zona Internacional de Serviços Logísticos (Zis-L)”.

“A implantação da Zis-L deve ser um dos legados olímpicos que a classe produtiva tanto anseia. E nós assumimos este papel de implementá-la”, ressalta Protasio, que também preside a Associação Comercial do Rio Janeiro (ACRio).

De acordo com ele, “identificamos o Estado do Rio como uma plataforma que tem funções de rótula, para permitir que o Brasil possa ficar novamente em pé”. “Isto se dá à medida que a logística desenha a integração dos modais em todo o território e que se cubra sua superfície com um tecido formado pelas mais recentes tecnologias da informação e comunicação”, ressalta o diretor da SNA.

Em sua avaliação, o Rio de Janeiro já é uma cidade global: “Este já é o primeiro legado olímpico e ninguém poderá nos tirar este status. Em torno de R$ 37,6 bilhões foram investidos em infraestrutura, sendo que 57% vieram da iniciativa privada. É a maior revolução em mobilidade urbana da história do Estado, que ainda está em curso, por meio das Parcerias Público-Privadas (PPPs)”.

 

PLANO ESTRATÉGICO

Conforme Protasio, a SNA e a ACRio participaram de inúmeras reuniões preparatórias do Plano Estratégico de Logística e Cargas – o PELC –, em parceria com a Secretaria Estadual de Transporte. A partir daí, surgiu a necessidade de implantação da Zona Internacional de Serviços Logísticos.

“A Zis-L será responsável por dar excelência à infraestrutura logística já existente entre o Rio de Janeiro e Minas Gerais e o Centro-Oeste brasileiro, com o objetivo de tornar o Estado fluminense em um hub global no setor produtivo nacional”, destaca.

 

EXPORTAÇÕES

Em comparação a outras nações, o Brasil ainda exporta pouco. Dados mais recentes (de 2014) do Banco Mundial mostram que as exportações brasileiras de bens e serviços representaram somente 12% do Produto Interno Bruto (PIB), naquele ano. O desempenho ficou muito aquém da média mundial, que é de 30%, taxa que não muda tanto até mesmo em economias emergentes, a exemplo do País, e/ou menos desenvolvidas.

Na opinião de Protasio, a transformação da realidade socioeconômica brasileira deve vir de baixo para cima e esta mudança não se dará por Brasília. “Para dar partida, precisamos nos afirmar como sociedade e perceber o papel da cidadania diante do quadro político demonstrado, que não porta credibilidade e não tem como garantir a entrega do esperado”.

 

OPORTUNIDADES

Neste sentido, informa o diretor da SNA, a Associação Comercial do Rio de Janeiro visitou 16 capitais brasileiras, no primeiro semestre do ano, com o propósito de gerar oportunidades aos empresários locais, durante o revezamento oficial da Chama Olímpica pelo País.

No total, 1.154 participantes tiveram acesso ao Plano Nacional da Cultura Exportadora, do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC); ao programa “Sebrae no Pódio”, que transforma micro e pequenas empresas em fornecedores olímpicos e de outros megaeventos internacionais; e ao “Exporta Fácil”, produto dos Correios que facilita o envio de remessas postais ao exterior.

 

‘CHAMA EMPREENDEDORA’

De acordo com Protasio, os resultados foram a criação de um catálogo físico bilíngue com produtos de 215 empresas participantes do projeto “Chama Empreendedora”, lançado pelo ministro do MDIC, Marcos Pereira, na ACRio. “Esse material será distribuído em embaixadas e câmaras de comércio de 32 países apontados pelo Ministério como mercados prioritários para as exportações brasileiras”, informa.

Um catálogo virtual também ficará hospedado no portal “Vitrine do Exportador”. Os produtos ficarão expostos em forma de rodízio, em um showroom instalado na sede da Associação Comercial do Rio de Janeiro (Rua da Candelária nº 9, Centro), até dia 16 de setembro. No dia 19 do mês que vem, será lançado o catálogo completo da “Chama Empreendedora”, com 240 produtos selecionados, no Museu do Amanhã, que fica na Praça Mauá.

 

Por equipe SNA/RJ

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