‘No Brasil, abriram a caixa da corrupção, lá fora a caixa do protecionismo’, diz presidente da Abag

Sobre a reforma trabalhista, Luiz Carlos Corrêa Carvalho, presidente da Abag afirmou: ‘A legislação sai de um modelo estatutário para um modelo moderno nas relações contratuais. Isso estimulará a empregabilidade e reduzir a informalidade’. Foto: Gerardo Lazzari

O agronegócio está espremido, de um lado, por problemas internos, como a logística e a situação tributária brasileira, e de outro, pelo cenário global, que também preocupa. Foi o que afirmou, na segunda-feira (7/8), na abertura do Congresso da Abag, o presidente da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), Luiz Carlos Corrêa Carvalho, que também preside a Academia Nacional de Agricultura da SNA.

“Enquanto no Brasil abriram a caixa da corrupção, lá fora abriram a caixa do protecionismo, o que leva ao rompimento de acordos”, diz ele, que prevê uma recuperação lenta do país.

Ainda de acordo com o presidente, o Brasil precisa promover acordos comerciais internacionais que ampliem as possibilidades de exportação; reforçar o RenovaBio, a fim de estimular a produção de energia de fonte renovável; e aprofundar as reformas trabalhistas e tributária.

“Nesse sentido, o nosso 16º Congresso abre a possibilidade de debater, com profundidade, as reformas urgentes que o país necessita”, acredita o presidente da ABAG.

REFORMA TRABALHISTA


Para Carvalho, o medo de perder benefícios está provocando barulho contra a reforma trabalhista aprovada pelo Congresso Nacional, que, em sua opinião, é positiva para o país.

“Estou preocupado com alguma medida provisória que ainda possa vir pela via sindical.”

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, acredita que a reforma trabalhista vai estimular a empregabilidade e reduzir a informalidade. Foto: Gerardo Lazzari

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, também elogiou a reforma trabalhista aprovada pelo Congresso.

“A legislação sai de um modelo estatutário para um modelo moderno nas relações contratuais. Isso vai estimular a empregabilidade e reduzir a informalidade”, observa o governador.

Alckmin defendeu a reforma do sistema tributário, mas acredita que as mudanças devem ser feitas de forma gradual.

“Após a aprovação da reforma trabalhista, temos a tributária, a previdenciária, que deverá equalizar os direitos dos trabalhadores privados com os do setor público, e a reforma política, para melhorar o ambiente político”, ressaltou. “Isso será decisivo para inserir o Brasil no cenário internacional.”

MOBILIZAÇÃO DAS LIDERANÇAS


‘Juntos, temos de reforçar a comunicação para que a população entenda as demandas de um setor que garante o superávit comercial e é um dos que mais preserva o meio ambiente’, disse o presidente da Frente Parlamentar Agropecuária (FPA), deputado Nilson Leitão. Foto: Gerardo Lazzari

Já o presidente da Frente Parlamentar Agropecuária (FPA), deputado Nilson Leitão (PSDB/MT), afirmou que é necessária a mobilização das lideranças em relação à agenda do setor no Congresso Nacional.

“Juntos, temos de reforçar a comunicação para que a população entenda as demandas de um setor que garante o superávit comercial e é um dos que mais preserva o meio ambiente. Afinal, o Brasil protege 65% de suas reservas naturais”, diz.

O parlamentar também criticou o debate ideológico sobre a questão fundiária, o licenciamento ambiental e as demarcações de terras indígenas. Ele ainda se posicionou a favor da lei sobre as regras para a terceirização, recentemente aprovada, que, segundo ele, vai beneficiar 10 milhões de pessoas apenas no meio rural.

Por Equipe SNA/SP

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