Morango: boas práticas agregam valor e diminuem perdas

Os morangos estão entre os frutos mais perecíveis, necessitando, portanto, de manuseio cuidadoso durante as etapas de colheita e pós-colheita. Por isso, o 10º Encontro Técnico do Morango, realizado pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF) destacou, na última terça-feira (2), a importância da qualidade do alimento.

Todo o esforço do produtor para conseguir um produto de qualidade pode ser em vão, caso não sejam utilizadas técnicas corretas de colheita e pós-colheita. Estas perdas podem ser de caráter quantitativo e/ou qualitativo, o que implicará em prejuízos para o produtor, o comerciante e o consumidor.

O manejo adequado e as práticas de segurança alimentar são importantes e deve fazer parte do dia-a-dia dos produtores rurais. Durante a colheita, é preciso reduzir os riscos de contaminação e danos no manuseio. Para isso, a Emater orienta que o morango seja acondicionado em caixas plásticas apropriadas e limpas. “É importante que as caixas não tenham contato direto com o solo e que sejam mantidas em locais sombreados até que se providencie seu transporte”, explicou a economista doméstica da Emater-DF, Luciana Xavier.

No manejo pós-colheita, Luciana falou dos procedimentos corretos de seleção, classificação, embalagem, armazenamento e transporte dos frutos. A infraestrutura do galpão de embalagem deve oferecer condições que facilitem a limpeza e o rápido manuseio do morango.

A produtora Natividade Bezerra da Silva, acredita que é fácil adequar a propriedade sem gastar muito. Ela e o marido Marcos Antônio Estevão de Lima criaram seus próprios cestos de plástico para carregar os morangos. “Usamos bacias que custaram muito pouco e adaptamos, usando arame e mangueira para a alça”, explicou. Para ela, cuidar da qualidade do morango e seguir as orientações da Emater são essenciais para que a produção dê certo.

Comercialização
Durante o ciclo de palestras, o gerente de Desenvolvimento Econômico da Emater-DF, Blaiton Carvalho, falou sobre dos mercados institucionais disponíveis para a compra dos produtos, como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), o Programa de Alimentação Escolar (Pnae) e o Programa de Aquisição da Produção da Agricultura (Papa).

“Em 2015, só o PAA vai atender a 75 mil pessoas em situação de insegurança alimentar. Cerca de 1250 produtores terão a oportunidade de ganhar até R$ 6.550 ao comercializar para esse programa”, falou Blaiton.

Técnicos do serviço de informações de mercado agropecuário e hortigranjeiro da Ceasa também estiveram presentes para falar das pesquisas de preços e monitoramentos que contribuem para a tomada de decisão dos produtores. Eles também destacaram a importância da padronização e apresentação do produto como diferencial no mercado.

Fonte: Emater-DF

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