Mercado de pet food deve receber investimento volumoso no País

Brasil ocupa o segundo lugar no mundo na produção de pet food. Foto: Divulgação Mars Brasil
Setor de pet food (alimentos para animais de estimação) do Brasil ocupa o segundo lugar no mundo em faturamento: R$ 18 milhões, em 2015. País ainda tem potencial de crescimento acima de 60% Foto: Divulgação Mars Brasil

O faturamento nacional de pet food, setor brasileiro de alimentos para animais de estimação que ocupa o segundo lugar no mercado mundial, tem marcas que impressionam: girou em torno de R$ 18 bilhões em 2015, sendo R$ 500 milhões somente em exportações de alimentos, acessórios e medicamentos para pets. Os dados, que abrangem este segmento como um todo, são da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet).

Para fortalecer ainda mais este cenário positivo, durante uma reunião com o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, no último dia 30 de agosto, o presidente da Mars Pet Care Brasil, José Carlos Rapacci, anunciou o intuito da multinacional norte-americana de investir mais de R$ 1 bilhão, até 2020, no Brasil.

Ainda em 2016, a empresa aplicará cerca de R$ 170 milhões na construção de uma fábrica de pet food na cidade paranaense de Ponta Grossa, o que de imediato vai gerar mais de cem empregos diretos. A produção da nova fábrica atenderá tanto o mercado interno quanto para exportação.

O Plano Agro+, lançado no mês passado pelo Ministério da Agricultura, deve estimular novos investimentos. Em entrevista à equipe SNA/RJ, o diretor de Assuntos Corporativos da Mars Brasil, Rodrigo Tedesco, acredita que “toda iniciativa que reduza a burocracia e traga maior previsibilidade para a realização de investimentos é bem vinda”.

“Esse é o objetivo do Programa Agro+ do Ministério da Agricultura, que contempla medidas com foco na transparência e parcerias, melhoria do processo regulatório e normas técnicas e facilitação do comércio exterior”, comenta.

Tedesco ressalta a parceria entre a Mars, o Mapa e a Confederação Nacional da Agricultura e Pecuaria (CNA), que contempla a divulgação dos requisitos sanitários para a exportação para os diferentes países. “Este é um exemplo de iniciativa extremamente positiva, que reduzirá as complexidades que envolvem o processo de exportação”, afirma.

 

INVESTIMENTO EM TEMPO DE CRISE

Questionado sobre o investimento volumoso, mesmo em tempo de crise, que afastou muitos investidores do Brasil, o diretor da Mars diz que a empresa “está ciente da atual turbulência econômica e política”.

“Obviamente, isto afetará a companhia como indústria e será necessário rever alguns planos, tendo em vista a queda do poder aquisitivo da população, tanto em petcare (alimento para animais de estimação) quanto em chocolate (balas e gomas de mascar). Estas categorias do pet food não estão crescendo em volume e o impacto da desaceleração econômica já pode ser sentido”, pondera.

Tedesco ressalta, no entanto, que a grande vantagem de trabalhar em uma grande empresa, como a Mars, é poder fazer planejamentos em longo prazo: “O investimento na fábrica que está em construção em Ponta Grossa, por exemplo, não será afetado, porque já estava comprometido”.

De acordo com o diretor, o que mais motiva planejar novos investimentos é o fato de o Brasil ter um dos maiores mercados consumidores do mundo, “com 200 milhões de pessoas ansiosas para consumir marcas de qualidade e de renome”.

 

Na visão de Tedesco, “o brasileiro já está mostrando maturidade ao entender os benefícios da interação homem-animal e da importância de oferecer ao pet o alimento adequado”. Foto: Divulgação Mars Brasil
Na visão de Rodrigo Tedesco, diretor de Assuntos Corporativos da Mars Brasil, “o brasileiro já está mostrando maturidade ao entender os benefícios da interação homem-animal e da importância de oferecer ao pet o alimento adequado”. Foto: Divulgação Mars Brasil

CONSUMO

Na visão de Tedesco, “o brasileiro já está mostrando maturidade ao entender os benefícios da interação homem-animal e da importância de oferecer ao pet o alimento adequado”. “Isto nos abre muito espaço para crescer. Hoje, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o Brasil é o segundo maior mercado do mundo em população de pets, o que nos permite expandir a oferta de produtos de alta qualidade para a nutrição animal.”

Conforme o diretor da Mars, o setor nacional de pet food ainda tem um grande espaço para crescer, “pois quando avaliamos o País em termos de “conversão calórica” – isto é, o percentual de animais de estimação que se alimentam com produto manufaturado -, o Brasil tem um potencial de crescimento de mais de 60%”.

“Os donos de animais de estimação estão se conscientizando, cada vez mais, sobre a importância de oferecer uma alimentação completa e balanceada para seus pets e, neste sentido, a Mars, como líder de mercado, tem a responsabilidade de reforçar a importância desta alimentação e desenvolver a categoria de alimentos para animais de estimação no Brasil. Hoje, a empresa conta com mais de 150 produtos para nutrição animal e dobrou de tamanho nos últimos cinco anos”, relata Tedesco.

 

MARS

No setor de petcare (alimentos para animais de estimação), a Mars é líder de mercado com as marcas PEDIGREE®, ROYAL CANIN® e WHISKAS®, respectivamente, com market share de 28,7% em dogcare; 66,9% dos alimentos super premium; e 44,1% em catcare.

“A Mars tem apostado bastante nas exportações: somos responsáveis por exportar alimento úmido (latas e sachês), das marcas PEDIGREE®, ROYAL CANIN® e WHISKAS® para nossas unidades na Argentina, Chile e Colômbia. Com o aumento da produção, inclusive com a nova unidade que teremos em Ponta Grossa (PR), há também a expectativa de melhor atender a esses mercados e outros que possam surgir”, relata Tedesco.

 

Por equipe SNA/RJ

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