Mapa e Conab apresentam o primeiro levantamento da cana-de-açúcar

Questões climáticas como falta de chuvas, principalmente na região Sudeste, afetaram a produtividade da safra anterior, segundo o coordenador-geral de Açúcar e Álcool do Mapa, Cid Caldas. Foto: Renato Barreto/Divulgação Mapa
Questões climáticas como falta de chuvas, principalmente na região Sudeste, afetaram a produtividade da safra anterior, segundo o coordenador-geral de Açúcar e Álcool do Mapa, Cid Caldas. Foto: Renato Barreto/Divulgação Mapa

O primeiro levantamento da safra 2015/2016 de cana-de-açúcar indica que a produção no país pode chegar a 654,6 milhões de toneladas. O estudo foi divulgado nesta segunda-feira, 13 de março, pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Esse valor é 3,1% superior, quando comparado aos 634,8 milhões de toneladas da safra anterior.

Questões climáticas como falta de chuvas, principalmente na região Sudeste, afetaram a produtividade da safra anterior, segundo o coordenador-geral de Açúcar e Álcool do Mapa, Cid Caldas. O estudo mostra também que a área de colheita teve um acréscimo de apenas 0,7%, entretanto, a grande preocupação é a queda na área de aplicação dos canaviais, que teve uma redução de mais de 60% (225 mil hectares) se comparados ao verificado na safra 2012/2013 (650 mil hectares).

O trabalho da Conab também aponta para a necessidade da manutenção do Programa de Renovação de Canaviais (Prorenova), que nas últimas quatro safras permitiu a renovação dos canaviais em mais de 900 mil hectares/ano.

A maior parte da cana-de-açúcar colhida deverá ser destinada à fabricação de etanol, o que representa 56,2% da produção. O etanol total deve ter um aumento de 1,9%, passando de 28,66 bilhões para 29,20 bilhões de litros, com o hidratado, utilizado nos veículos “flex-fuel”, uma redução de 2,8%, saindo da marca de 16,9 bilhões para 16,5 bilhões de litros.

Já o anidro, destinado à mistura com gasolina, apresenta aumento de 8,6%. Isso representa aproximadamente 1 bilhão de litros adicionais, volume suficiente para atender a elevação da mistura de etanol à gasolina de 25% para 27%.

Está prevista, para a produção de açúcar, um aumento de 5%, devendo passar das 35,56 milhões de toneladas para 37,35 milhões. Apesar dessa previsão, Caldas ressalta que “é muito cedo para podermos dizer se de fato vai ter um impacto ou não no crescimento da produção em decorrência da falta de chuvas justamente no período que a planta mais necessita”.

Fonte: Ministério da Agricultura

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