Indicação Geográfica – Vale dos Vinhedos: qualidade reconhecida

Em setembro de 2012, o Inpi deferiu o pedido de registro de Denominação de Origem a vinhos e espumantes produzidos no Vale dos Vinhedos. Foto: Divulgação A Lavoura – Edição nº 696/2013

O Brasil já possui sua primeira Denominação de Origem (DO) de vinhos e espumantes, modalidade mais complexa e valiosa de uma Indicação Geográfica (IG). A luta por essa conquista foi encabeçada pela Associação dos Produtores de Vinhos Finos do Vale dos Vinhedos (Aprovale), criada em 1996. A reportagem sobre a IG Vale dos Vinhedos foi destaque da seção Indicação Geográfica, da Revista A Lavoura – Edição nº 696/2013.

De lá para cá, o sonho da DO sempre acompanhou o trabalho da instituição, ganhando força em 2010, quando o pedido foi oficializado. Em setembro de 2012, o Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi) deferiu o pedido de registro de DO para o Vale dos Vinhedos, localizado na Serra Gaúcha (RS). A decisão foi publicada no Registro de Propriedade Industrial (RPI) nº 2175.

TERROIR

O terroir dos vinhos do Vale já é reconhecido, graças aos parâmetros de qualidade aplicados pelas vinícolas a partir da certificação da Indicação de Procedência. A DO, por sua vez, representa a evolução deste padrão, levando a público o potencial e a maturidade produtiva das vinícolas do Vale dos Vinhedos.

O presidente da Aprovale, Rogério Carlos Valduga, destaca que a conquista da DO vem fortalecer ainda mais a identidade dos vinhos elaborados no Vale dos Vinhedos, reconhecida desde 2002, quando os vinhos e espumantes das vinícolas que integram o roteiro foram os primeiros produtos brasileiros a obter uma Indicação Geográfica (IG) na modalidade Indicação de Procedência (IP).

O registro da DO evidencia diferenciais que demonstram que o produto é patrimônio regional, com normas que preservam a sua identidade. Com a conquista, a perspectiva de obtenção de vantagens é ainda maior, tanto por parte dos produtores quanto dos consumidores. Além disso, a DO também atua no controle da qualidade da produção, desde o plantio das uvas, passando pelo processo de elaboração, até a comercialização dos vinhos.

“O consumidor, quando estiver na gôndola de um supermercado, em uma loja de vinhos, ou na mesa de um restaurante, ao escolher um vinho com DO Vale dos Vinhedos, vai ter a tranquilidade e a garantia da qualidade do produto daquela garrafa”, ressalta o presidente.

CONCEITOS

Agora, a Aprovale estará intensificando seu trabalho de esclarecer e consolidar os conceitos de IG, IP e DO que, por serem relativamente recentes no Brasil, ainda não são compreendidos pelo mercado consumidor. Na Europa, já estão internalizados pelos compradores por serem utilizados há séculos.

Em uma linguagem simples e acessível, o Manual da Indicação Geográfica Vale dos Vinhedos – editado pela Aprovale – traz as regras da DO e os benefícios que o consumidor e a comunidade do Vale dos Vinhedos ganham com a certificação.

PRODUÇÃO

A produção do Vale dos Vinhedos varia entre 12 e 14 milhões de garrafas de vinhos finos por ano. Cada propriedade do Vale tem, em média, 2,5 hectares cultivados por videiras. Trata-se de vinícolas de pequeno porte, mantidas por famílias que cultivam vinhedos próprios e elaboram seus vinhos. Com isso, a prioridade é agregar valor ao produto em razão da qualidade, além de manter o homem no campo.

Com a concessão do primeiro registro de IG, em 2002, a produção da região aumentou cerca de 30%. Com a DO, a expectativa é crescer mais 10%, porém, a qualidade antecede a quantidade.

Continue lendo essa reportagem da edição nº 696/2013 (páginas 18 a 22) na seção de publicações gratuitas da Revista A Lavoura, no site da Sociedade Nacional de Agricultura.

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Fonte: Revista A Lavoura nº 696/2013

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