Criador de leite tem de jogar bem na defesa e no ataque da produção

Assim como no futebol, para ganhar o jogo o produtor de leite precisa jogar bem na defesa e no ataque. A analogia feita pelo professor de agronegócio da University of Missouri dos Estados Unidos, Fábio Ribas Chaddad, faz referência às estratégias competitivas para o segmento leiteiro e foi tema de palestra do 18º Encontro Tecnológico do Leite, que acontece nesta terça-feira (2), no Centro de Convenções Rubens Gil de Camillo, em Campo Grande.

De acordo com o especialista, a defesa está associada a produzir mais com menos. Já o ataque é a captação de valor para esta matéria-prima e a organização vertical do produtor. “A lição de casa é inserir a tecnologia na atividade leiteira, aumentando produção com menos vacas, menos insumos e ração, e se juntar a outros produtores da cadeia para agir de forma cooperada, garantindo assim maior retorno na comercialização do produto”, ressalta Chaddad.

Mato Grosso do Sul possui 25 mil produtores de leite e é o 13º no ranking nacional, números não expressivos quando comparados a outros Estados. Para transformar a realidade do segmento leiteiro em Mato Grosso do Sul, a Famasul – Federação da Agricultura e Pecuária de MS e o Sindicato Rural de Campo Grande promovem o Encontro. “Produtores, técnicos, estudantes, empresas do ramo e interessados pelo assunto de todos os cantos do Estado vieram em busca de conhecimento. Isso mostra a vontade de mudar o cenário do leite na região”, ressaltou o diretor da Famasul, Ruy Fachini, durante abertura do evento.

O presidente do Sindicato Rural de Campo Grande, Oscar Sthruk, durante a abetura, falou da difícil rotina dos produtores rurais, dos obstáculos da produção e da valorização do setor, relatou também a solicitação da instituição em relação à diminuição do ICMS – Imposto sobre Comércio, Mercadorias e Serviços. “Há três meses, estabelecemos como desafio atingir R$ 1 na comercialização do litro do leite”.

Para o secretário de Produção e Agricultura Familiar, Fernando Lamas, o Dia Mundial do Leite, comemorado em 1º de junho, mostrou a necessidade de informação no setor agropecuário. “Para melhorar o índice produtivo é preciso inserir tecnologia na atividade, mas também conhecimento, ferramenta indispensável no agronegócio”, explica Lamas.

Participaram também da abertura do evento, o superintendente do Banco do Brasil, Evaldo Emiliano de Souza, o secretário de Estado de Fazenda, Márcio Monteiro, o presidente da OCB – Organização das Cooperativas Brasileiras, Celso Régis, entre outros representantes políticos e do setor.

A segunda palestra, do professor associado da Universidade Federal de Minas Gerais, Elias Jorge Facury Filho, abordou as principais características das enfermidades dos bovinos de leite. “As doenças podem ser infecciosas, metabólicas, como o stress, por exemplo, de carências enérgico-protéica, físicas ou por intoxicação”. Facury destacou a preocupação que se deve ter com o bem-estar animal, “Precisamos observar e respeitar o comportamento animal”.

Mais informações: http://famasul.com.br/encontro-do-leite/

Fonte: Agrolink

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