CI Orgânicos: SNA realiza em maio o 1º Fórum Orgânicos em Ação, Empreendedorismo e Mercado

 

A cadeia de alimentos orgânicos, como o impacto da tecnologia, logística, canais de comercialização, novas parceiras, sustentabilidade dos negócios, será discutida no 1º Fórum 1º Fórum em Ação, Empreendedorismo e Mercado. Foto: Divulgação
A cadeia de alimentos orgânicos, como o impacto da tecnologia, logística, canais de comercialização, novas parceiras, sustentabilidade dos negócios, será discutida no 1º Fórum 1º Fórum em Ação, Empreendedorismo e Mercado. Foto: Divulgação

Discutir aspectos da cadeia de alimentos orgânicos, como o impacto da tecnologia, logística, canais de comercialização, novas parcerias, sustentabilidade dos negócios, entre outros. Estes serão os temas em debate durante o 1º Fórum em Ação, Empreendedorismo e Mercado, que acontecerá na sede da Sociedade Nacional de Agricultura, no próximo dia 27 de maio, no Rio de Janeiro. A informação é da coordenadora do Centro de Inteligência de Orgânicos (CIO) da SNA, Sylvia Wachsner.

Segundo ela, um dos objetivos do encontro “é mostrar de que maneira a tecnologia une consumidores e produtores orgânicos, permitindo a realização de negócios”.

Entre os palestrantes do Fórum, destaca a participação do empresário do setor Leandro Dupin, proprietário da Organomix, o primeiro supermercado online que comercializa produtos orgânicos e naturais, no Rio e em São Paulo.

Ressalta ainda as presenças de Victor Piranda e Eduardo Boorhem, do projeto de Economia Colaborativa. Eles vão mostrar que o Clube Orgânico, do qual são representantes, permite que seus associados adquiram cestas de alimentos do gênero e também garantam a sustentabilidade dos produtores.

“São dois casos de empreendedores que utilizam a tecnologia oferecida pelas comunicações como ferramenta para facilitar, aos consumidores, a conveniência da compra dos alimentos, abrindo novos canais de escoamento e de receita para os produtores”, ressalta Sylvia.

Outro lado da tecnologia e do conhecimento, de acordo com a coordenadora do Centro de Inteligência, vai ficar a cargo da palestra do produtor paulista Fernando Ataliba, que apresentará a própria experiência já que fez de sua propriedade, o Sítio Catavento, um negócio sustentável.

“Ataliba produz frutas e vegetais em um local onde já foram 36 hectares de uma antiga pastagem, hoje transformada para produzir até 200 toneladas de alimentos orgânicos por ano, com o cultivo que ultrapassa a marca de 30 itens certificados.”

Outro palestrante será Sebastião Wilson Tivelli, chefe da Seção Técnica da Unidade de Pesquisa e Desenvolvimento (UPD) da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA). A entidade é pioneira na produção de batatas-sementes orgânicas, já no mercado à disposição dos produtores rurais.

De acordo com Sylvia, Tivelli também lançará os manuais “Como produzir tomate orgânico” e “Tomate orgânico: técnicas de cultivo”.  Os livros são de sua autoria e a publicação conta com as parcerias do CI Orgânicos/SNA, da APTA e do Sebrae.

“a pessoa que deseja produzir orgânicos deve começar realizando a análise do solo e da água de sua região, onde  pretende ter sua lavoura e conhecer a aptidão das culturas a serem implementadas”, destaca Sylvia Wachsner, coordenadora do Centro de Inteligência em Orgânicos (CIO) da SNA. Foto: Russ Campbell
“A pessoa que deseja produzir orgânicos deve começar realizando a análise do solo e da água de sua região, onde pretende ter sua lavoura e conhecer a aptidão das culturas a serem implementadas”, destaca Sylvia Wachsner, coordenadora do Centro de Inteligência em Orgânicos (CIO) da SNA. Foto: Russ Campbell

FUTUROS PRODUTORES

Para tornar-se um produtor de alimentos orgânicos, a coordenadora do Centro de Inteligência sugere que “a pessoa comece o trabalho realizando a análise do solo e da água da região onde pretende ter sua lavoura e conhecer a aptidão das culturas a serem implementadas”.

“O Ministério de Desenvolvimento Agrário (MDA) disponibiliza recursos para os agricultores familiares. Para empreendimentos maiores, alguns recursos também podem ser obtidos no Banco do Brasil.”

Ela ainda orienta: “Antes de começar a produzir orgânicos, ou melhor, antes de começar quaisquer empreendimentos, sugerimos que seja feito um plano de negócios ou se utilize um instrumento de modelo de negócio, que ajudará na identificação da viabilidade do empreendimento”.

Sylvia ainda orienta o futuro produtor de orgânicos a frequentar as feiras que comercializam estes itens, conversando com os agricultores, visitando seus sítios e conhecendo as práticas de produção.

REFORÇO PARA O SETOR

Para que o setor de orgânicos cresça ainda mais no País, ela acredita que, se houver boa vontade por parte dos governos, é possível que na merenda escolar das escolas municipais e estaduais sejam oferecidos produtos do gênero aos alunos, de forma a incentivar os produtores locais e a saúde das crianças.

“Já os consumidores podem adquirir produtos orgânicos nos comércios varejistas especializados, por meio de compras online e nas lojas (físicas) que comercializam estes itens. Os alimentos orgânicos são certificados e os produtores cadastrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o que traz transparência nas relações entre as duas partes.”

Sylvia ainda sugere que tanto o produtor quanto o consumidor procure conhecer melhor o mercado, “pesquisando na internet, visitando, por exemplo, os sites OrganicsNet e CI Orgânicos (ambos da SNA), que são hoje referências no mercado brasileiro pela quantidade de informações disponibilizadas sobre o mundo orgânico e agroecológico”.

A PRODUÇÃO

Mesmo com um cenário atual favorável, Sylvia salienta que a produção orgânica no Brasil “ainda é bastante incipiente, pois contamos com diversos gargalos, como a falta de sementes orgânicas e insumos”.

“Como incrementar a disponibilidade de sementes e cultivares adaptadas ao clima e à realidade do campo brasileiro? Quais entidades públicas ou privadas estão interessadas em investir neste mercado? Para os produtores que estão interessados em uma produção em escala maior, falta pesquisa em insumos que permita incrementar a produtividade”, ressalva.

Na opinião da coordenadora, existe também a necessidade de “incrementar a demonstração científica dos benefícios das práticas orgânicas e a abertura do aperfeiçoamento das técnicas adequadas”.

CI ORGÂNICOS

Sobre a atuação do Centro de Inteligência que coordena, Sylvia reforça que o CI Orgânicos, mesmo sendo mantido (fisicamente falando) pela SNA no Rio de Janeiro, ultrapassa suas fronteiras graças ao mundo virtual, principalmente por meio de sites e das redes sociais. “Não existem mais fronteiras e é justamente estas ferramentas (da internet) que utilizamos.”

Embora alguns eventos sejam presenciais no Rio, ela informa que o CI Orgânicos está presente nas feiras em outros Estados. Em breve, Sylvia deve participar da BioBrazil/Biofach America Latina (11ª Feira Internacional de Produtos Orgânicos e Agroecologia), de 10 a 13 de junho, em São Paulo; e como palestrante durante o 2º Cnagro (Congresso Nacional de Inovações Técnico-Científicas, Inclusão Social e Valor Agregado do Agronegócio), evento que acontecerá entre os dias 11 e13 de maio, em Dourados, Mato Grosso.

“Os métodos orgânicos e agroecológicos de produção formam uma base sólida para inovação. A produção orgânica permite implementar boas práticas dentro e fora das porteiras, e completam dimensões da sustentabilidade socioambiental que beneficia toda a agricultura brasileira. A divulgação destas práticas entre os produtores rurais, sejam orgânicos e/ou convencionais, é uma das nossas bandeiras”, reforça Sylvia, ao justificar sua participação em diversas feiras e congressos sobre o mercado de orgânicos do País.

SAIBA MAIS

Para participar do 1º Fórum em Ação, Empreendedorismo e Mercado do CI Orgânicos/SNA – que será realizado na Rua General Justo nº 171, 2º andar, no centro do Rio -, inscreva-se pelo telefone 21 2282-5157 ou envie e-mail para sna@sna.agr.br. Mais informações, acesse www.ciorganico.agr.br ou www.organicsnet.com.br.

Veja programação:

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Por equipe SNA/RJ

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