Carnes/CEPEA: Cotações

Boi/CEPEA: Cotações da carne se enfraquecem neste final de mês

Os preços da carne bovina com osso caíram nesta semana no atacado da Grande São Paulo, interrompendo a sequência de altas iniciada no final de março. Entre 22 e 29 de abril, a carcaça casada bovina se desvalorizou 1,45% no atacado da Grande São Paulo, com o quilo na média de R$ 9,54 nessa quarta-feira, 29. Segundo pesquisadores do CEPEA, no geral, os preços aumentam nesta época do mês, puxados pelas compras do varejo que visam o atendimento da demanda no início de mês.

Desta vez, no entanto, os preços já estão patamares recordes, o que pode levar a certa retração do consumo. Com esse arrefecimento da demanda varejista e atacadista, alguns frigoríficos estariam com estoques relativamente elevados. Além disso, as quedas nas cotações das carnes de frango e suína tendem a atrair o consumidor para essas proteínas. A expectativa de agentes consultados pelo CEPEA é que, com a proximidade do Dia das Mães, as vendas de carne bovina voltem a se aquecer, pelo menos pontualmente.

Suínos/CEPEA: Preços do vivo caem até 20% em um ano

Os preços médios do suíno vivo e da carne em abril estão bem inferiores às médias do mesmo mês de 2014 em todas as regiões pesquisadas pelo CEPEA, já descontada a inflação do período (IGP-DI de março). Para o animal, a desvalorização chega a quase 20% em algumas praças do Sul do País. Segundo pesquisadores do CEPEA, com a oferta relativamente restrita, a pressão vem das demandas interna e externa enfraquecidas.

Frango/CEPEA: Diferença entre preços de carnes de frango e bovina é recorde

A diferença entre os preços da carne de frango e a bovina é a maior já registrada pelo CEPEA, considerando-se a série iniciada em 2004 para o mercado de aves. Na parcial do mês (até o dia 29), o frango inteiro resfriado registra média de R$ 3,38/kg, valor R$ 6,24 inferior ao da carcaça casada bovina no mesmo período, de R$ 9,62/kg – ambos no atacado da Grande São Paulo. No mesmo período do ano passado, a diferença era de R$ 4,48.

Esse cenário reflete a constante desvalorização da proteína de ave, enquanto a carne bovina segue em patamares elevados, sustentada pela baixa oferta de boi gordo para abate. De modo geral, agentes relatam demanda interna enfraquecida pelas três carnes (bovina, suína e de frango). No caso do frango, pesa ainda o fato de o número de animais alojados ser crescente, elevando a oferta disponível.

 

Fonte: Cepea/Esalq

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