‘Campo Futuro’: CNA publica 1º anuário com custos da produção agropecuária

“A partir da definição do sistema de produção local, produzimos planilhas com os custos diretos e indiretos do produtor. Depois levamos tudo para os nossos debates, que são realizados durante o Dia de Mercado (em um molde parecido com o Dia de Campo)”, ressalta o superitendente técnico da CNA Bruno Lucchi. Foto: Gustavo Froner
“A partir da definição do sistema de produção local, produzimos planilhas com os custos diretos e indiretos do produtor. Depois levamos tudo para os nossos debates, que são realizados durante o Dia de Mercado (em um molde parecido com o Dia de Campo)”, ressalta o superitendente técnico da CNA Bruno Lucchi. Foto: Gustavo Froner

Projeto criado pela Confederação Nacional de Agricultura e Pecuária para capacitar o produtor rural na gestão do próprio negócio, o Campo Futuro completa oito anos em 2015 com o lançamento do seu primeiro anuário. O documento, com mais de 200 páginas, traz os resultados dos levantamentos de custos de produção realizados pela CNA, neste ano, em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), universidades e instituições de pesquisa.

Para produzi-lo, as informações foram colhidas durante 127 encontros, em 14 Estados e 59 municípios. O documento inclui as cadeias produtivas de aquicultura, aves, cana-de-açúcar, café, cereais, fibras, fruticultura, oleaginosas, pecuária de leite e de corte, silvicultura e suínos. Em oito anos, o projeto já chegou a 223 municípios em 22 Estados, englobando 24 atividades agropecuárias.

O Campo Futuro também conta com a parceria do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), da Universidade Federal de Lavras (UFLA), do Instituto Pecege e da Universidade Federal de Viçosa (UFV).

METODOLOGIA

O superintendente Bruno Lucchi, da Superintendência Técnica da CNA, explica que o Campo Futuro utiliza a metodologia de “painel de custos de produção”, que objetiva reunir informações para os agropecuaristas de cada região produtora e profissionais do setor, além das agroindústrias.

“A partir da definição do sistema de produção local, produzimos planilhas com os custos diretos e indiretos do produtor. Depois levamos tudo para os nossos debates, que são realizados durante o Dia de Mercado (em moldes parecidos do Dia de Campo)”, relata Lucchi.

Estes indicadores têm como base os levantamentos de dados – os chamados painéis -, que são feitos conforme a realidade de cada município representativo na produção agropecuária nacional.

“Ao traçarmos o perfil real da localidade e suas necessidades, temos ferramentas palpáveis para lutar por melhorias no campo, na gestão do negócio e por mais políticas públicas para determinado setor, por exemplo, junto ao governo federal”, aponta Lucchi. “Depois de obter estas  informações, é feito o acompanhamento mensal dos preços dos insumos e dos custos de produção nestas regiões.”

DIFICULDADE DE GESTÃO

O superintendente da CNA afirma que uma das dificuldades do produtor é saber gerenciar o próprio negócio. “O produtor rural brasileiro já internalizou a parte técnica, mas precisa, por exemplo, aprender qual é a hora certa de comprar e vender insumos; adequar o sistema produtivo aos indicadores econômicos do mercado em que está inserido; avaliar os riscos do próprio negócio; avaliar o potencial do seu produto conforme a região e em comparação ao Brasil; entre outros fatores determinantes”, destaca.

Pelo Campo Futuro, após a atualização periódica dos dados, o projeto disponibiliza informações estratégicas que vão auxiliar o produtor na tomada de decisões, depois que ele tem acesso a um completo banco de dados do setor agropecuário, que inclui a evolução sistemática dos custos de produção e a rentabilidade das principais atividades agrícolas e pecuárias do País.

“Por meio deste banco de dados, o produtor tem condições de avaliar como anda o próprio negócio na sua região em comparação aos resultados nacionais do mesmo setor”, diz Lucchi.

SEGURO AGRÍCOLA

Além de aprender a calcular os custos de produção no campo, o agropecuarista tem acesso a informações sobre as vantagens e desvantagens do seguro rural. “O objetivo é que ele faça o seguro rural levando em conta a própria realidade”, salienta o superintendente da CNA.

Sobre o seguro agrícola, Lucchi informa que as orientações também são repassadas durante os cursos ministrados pelo Senar, parceiro da CNA neste projeto.

“O curso é dividido em dois módulos: no primeiro, o produtor aprende sobre gestão da propriedade; no segundo, ele tem informações sobre o seguro rural, mercado e ferramentas da Bolsa de Valores, entre outros.”

No site www.canaldoprodutor.com.br estão disponíveis diversos textos, publicados pela assessoria de comunicação da CNA, sobre os resultados divulgados no anuário. Para mais informações, envie e-mail para cna.comunicação@cna.com.br ou pelo telefone 61 2109-1419.

Por equipe SNA/RJ com informações da CNA

 

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