ABIC divulga campanha na Semana Internacional do Café

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No estande, os visitantes puderam interagir com as imagens de painéis em 3D

A divulgação da nova campanha de marketing da Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC) foi um dos grandes destaques da segunda edição da Semana Internacional do Café, que aconteceu entre os dias 15 e 18 de setembro, no Expominas, em Belo Horizonte. Sob o mote “Tudo que é puro, é melhor. Inclusive seu café”, a campanha, segundo o diretor executivo da ABIC, Nathan Herskowicz, visa valorizar os programas de certificação da entidade, com destaque para o Selo de Pureza, lançado há 25 anos, até hoje ativo como confiável e sinônimo de garantia alimentar.

O presidente da ABIC, Américo Sato, acrescenta que a meta é fortalecer a imagem da marca ABIC como referência no universo do café e credencial de força e confiança para as marcas de café. Dirigida ao mercado interno, onde são consumidas 20 milhões de sacas/ano, pretende, de acordo com Herskowicz, ampliar o número de consumidores, tendo no Selo de Pureza o fator determinante de compra do café.

A receptividade do público, diz Herskowicz, foi excelente. “Muitos aplaudiram a iniciativa, pois ela vai de encontro à demanda por mais qualidade para o consumidor”. No estande da ABIC, um dos mais visitados do evento, além de conhecer os anúncios, ouvir o jingle e saber das diversas mídias utilizadas, os visitantes puderam tirar suas fotos (selfies), interagindo com as imagens de painéis em 3D, vivenciando cenas da campanha, que associa o conceito de pureza e qualidade a emoções como puro carinho, pura amizade, puro amor e pura alegria.

Foram promovidas, também, sessões de degustação de produtos certificados no PQC (Programa de Qualidade do Café), nas categorias Tradicional, Superior e Gourmet. Lançado em 2004 para auxiliar os consumidores a descobrirem que café não é tudo igual, mas que existe um universo de qualidades, aromas e sabores distintos, o PQC, de adesão voluntária, conta hoje com mais de 100 empresas com o total de 513 marcas certificadas, sendo 259 na categoria Tradicional, que é o café do dia a dia; 123 marcas na categoria Superior e 131 marcas na categoria Gourmet.

O estande foi montado para que o visitante tivesse a oportunidade de vivenciar todos os passos dacampanha
O estande foi montado para que o visitante tivesse a oportunidade de vivenciar todos os passos da campanha

O EVENTO

A primeira edição da Semana Internacional do Café foi realizada no ano passado, na capital mineira, durante as comemorações do Ano Internacional do Café, com o objetivo de reunir e divulgar a cafeicultura brasileira, que agrega produtores e cooperativas num mercado que é responsável por um terço de todo café consumido no mundo.

Além de apresentar as principais novidades e discutir alternativas para o futuro do segmento, o evento, realizado pela Federação de Agricultura do Estado de Minas Gerais (FAEMG) em parceria com o Sebrae e a Café Editora, sediou também a nona edição do Espaço Café Brasil, principal feira do setor.

De acordo com o presidente da Comissão de Café da FAEMG, Breno de Mesquita, o Brasil produz mais de 40 milhões de sacas de café, sendo que Minas é responsável por metade dessa produção, o que justifica a realização da Semana Internacional no Estado.

“Hoje o Brasil é responsável por 30% da produção mundial. Além disso, 60% do que nós produzimos aqui são exportados e 40% é o mercado interno, extremamente promissor”, afirma Mesquita, ao explicar que a Semana Internacional do Café tem como um dos principais objetivos mostrar quais são os posicionamentos e as tendências do mercado do produto para os próximos anos. O evento reuniu as 150 principais marcas do setor, contou com a presença de 14 mil visitantes e movimentou cerca de R$ 85 milhões em negócios.

O público aplaudiu a iniciativa vai de encontro a demanda por mais qualidade para o consumidor
O público aplaudiu a iniciativa, que vai de encontro a demanda por mais qualidade para o consumidor

QUALIDADE E REGIONALIZAÇÃO

Um dos pontos debatidos durante a segunda edição da Semana Internacional do Café foi o efeito da seca sobre a produção cafeeira nacional e os caminhos que o setor precisará buscar para driblar uma possível crise. Segundo Breno Mesquita, o investimento em qualidade e diferenciação precisa ser norte para todos os elos da cadeia cafeeira.

“Em um mercado cada vez mais competitivo – e que sofre também por fatores climáticos e biológicos –, são fatores como a pesquisa e a introdução de tecnologias, o treinamento, capacitação e inovação, da lavoura ao barista, que trarão mais estabilidade, desenvolvimento e visibilidade ao café brasileiro”, disse. Ele destacou ainda que é a qualidade alcançada pelo país, agregando grande valor aos diferentes tipos de cafés, que o tornará cada vez mais independente da condição de commodity e das oscilações de mercado.

Para o diretor superintendente do Sebrae Minas, Affonso Rocha, outro ponto a ser trabalhado é a regionalização, com denominação de origem e projetos integrados de marketing e desenvolvimento econômico das principais regiões produtoras: “O trabalho de café por regiões precisa levar em conta as especificidades dos grãos e articular também o desenvolvimento da indústria e do comércio na área em função do café, que é um produto de grande peso para Minas, tanto do ponto de vista econômico quanto do social”.

O diretor de planejamento da Café Editora destacou ainda a contribuição da Semana Internacional do Café como ponto de encontro e troca de conhecimentos e, sobretudo, como vitrine de oportunidades: “Em quatro dias, serão mais de duas mil horas de palestras, cursos práticos, rodadas de negócio e degustação, além dos campeonatos e da própria feira, reunindo as melhores empresas e profissionais para propagar conhecimentos e ferramentas que garantirão cada vez mais sucesso ao setor”.

O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Neri Geller, presente à cerimônia de abertura do evento, ressaltou a importância do setor cafeeiro para a economia brasileira. “O Governo Federal defende a produção e sabe o quanto o café garante a estabilidade econômica do País”, disse.

Por equipe SNA/SP

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