‘Ministro acha um absurdo a importação de etanol’, diz Unida

Na quarta-feira (22), durante reunião do setor sucroenergético nacional com o ministro da Agricultura, Antônio Andrade, a União Nordestina dos Produtores de Cana (Unida), órgão de classe regional que representa cerca de 21 mil agricultores, reclamou da permissão do governo federal de importar etanol estadunidense para o mercado nordestino, mesmo com a região em plena produção de etanol à base de cana-de-açúcar. A resposta dada pelo ministro aos participantes foi enfática: “acho isso um absurdo”, informou o presidente da Unida, Alexandre Andrade Lima.

Todavia, mesmo com a opinião a respeito, o representante do primeiro escalão da presidente Dilma Rousseff nada pode fazer. Isso porque o assunto é de responsabilidade total da Agência Nacional do Petróleo, órgão ligado ao Ministério de Minas e Energias. Mas ainda assim, Lima ressalta que enquanto o Brasil permite a importação de etanol dos EUA sem impor nenhuma barreira, o país estrangeiro apenas receber açúcar brasileiro através de cotas específicas, limitando o quantitativo, visando proteger seus produtores locais. “Mas isso não tem sido priorizado aqui”, reclama.

O ministro da Agricultura, que está prestes a deixar a pasta para disputar uma vaga na Câmara dos Deputados, foi quem convocou a reunião com o setor sucroenergético. Os representantes do segmento econômico fizeram uma retrospectiva das ações feita pelo Ministério. Dentre elas, destacaram-se a desoneração do PIS/Cofins da gasolina, o aumento de etanol anidro na composição da gasolina de 20% para 25%, além da subvenção federal econômica para os produtores de cana e etanol nordestinos.

O ministro também ouviu reivindicação para realizar novas ações em 2014. Foram elas: a continuidade do programa de subvenção aos fornecedores nordestinos de cana-de-açúcar e a suplementação do subsídio atual, pois foi insuficiente para contemplar todos os prejuízos com a maior seca dos últimos 50 anos na Região. Mas foi pedido também um novo aumento de etanol anidro na composição da gasolina de 25% para 27,5%, além da volta da cobrança do Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) sobre a gasolina. Por fim, foi solicitada ainda a modernização dos motores com tecnologia flex. O desempenho atual deles é de apenas 70% do etanol quando comparado à gasolina.

Fonte: Agrolink

 

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