Volta da demanda chinesa eleva o preço da soja?

O mercado internacional da soja estima que, com o fim das festividades do “Ano Novo Lunar Chinês”, que termina nesta quinta-feira (18 de fevereiro), a demanda retorne para a oleaginosa brasileira. Segundo os analistas da consultoria TF Agroeconômica, os asiáticos devem buscar embarques “a partir do mês de março em diante, melhorando um pouco os preços”.

“Esta melhora é real, mas não explosiva, como no final do ano passado. Como estão muito elevados, os preços irão subir mais devagar, tateando na escuridão, para dar tempo à demanda de absorver os novos aumentos”, explicam os especialistas da TF.

Contudo, segundo  eles, “o atraso de mais da metade da média histórica na colheita da soja no Brasil poderá desviar a demanda chinesa ainda para os EUA nos próximos 30 dias, até meados de março, reduzindo os prêmios pagos no período e, consequentemente, os preços pagos pela exportação”.

Para os analistas, a falta de demanda chinesa não precisa significar necessariamente algo preocupante, uma vez que poderá ser compensada com a demanda interna por soja.

Os consultores ressaltam que uma possível ausência de compras dos gigantes asiáticos ainda essa semana poderá ser “amplamente compensada com a demanda local, pois há grande falta de matéria-prima (soja em grão) para o abastecimento das esmagadoras brasileiras, que tratarão de abocanhar parte desta colheita, oferecendo preços um pouco melhores, embora os preços do óleo e do farelo estejam em leve queda”.

Ainda segundo a TF Agroeconômica, esta semana foi de ritmo lento no mercado disponível de farelo de soja, porém, há novos movimentos nos contratos futuros. O atraso na colheita de soja deste mês, que retardou a entrega para as indústrias, está exigindo de compradores e vendedores uma certa criatividade na hora de fazer negócios.

 

 

Fonte: Agrolink

Equipe SNA

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