Uma das grandes especialistas em arroz do Brasil, a consultora técnica e representante da Associação Brasileira da Indústria do Arroz (Abiarroz), Cláudia Militz, participou de um evento nos Estados Unidos para promover o arroz brasileiro.
Militz também é representante da Abiarroz no projeto Brazilian Rice, desenvolvido em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), com o objetivo de divulgar o produto nacional em outros países. Segundo a consultora, a proposta é levar para o exterior um pouco de informação para promover de forma adequada o arroz brasileiro.
O Brasil tem exportado arroz regularmente, em um volume que tem crescido ao longo dos anos, embora não faça parte de um grupo tradicional de exportadores. Agora, o país precisa ter uma divulgação melhor junto a esse mercado.
Durante o evento nos EUA, a consultora explicou a técnica de produção de arroz no Brasil, e afirmou que os principais diferenciais do arroz brasileiro, que é exportado para cerca de 70 países, estão na qualidade do próprio grão, na qualidade industrial e na segurança ambiental.
O arroz industrializado representa 40% das exportações brasileiras. O arroz com casca (25%) e o arroz quebrado (35%), também são utilizados. Além disso, há um potencial de exportação acima de um milhão de toneladas para 2017.
Hoje, a maior parte das exportações é feita pelo porto do Rio Grande. Os Estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina são os principais produtores do cereal no país, seguidos pelo Tocantins. O Rio Grande do Sul tem uma produção de 8.7 milhões de toneladas, ou seja, corresponde a 51% da produção nacional de arroz.
O Brasil também é o maior produtor e consumidor de arroz fora da Ásia. Esse processo foi aprimorado ao longo do tempo, fruto de pesquisas realizadas por diversos institutos para a introdução de cultivares que trazem melhores aspectos para a planta. Esse é um mercado bastante competitivo, mas é possível dizer que o arroz brasileiro pode atingir preços de qualidade no mercado internacional.
Mesmo que o Brazilian Rice seja voltado para as indústrias, os produtores de arroz, que são o primeiro elo dessa cadeia, também podem ser beneficiados pelo movimento, com preços melhores e mais estáveis para o produto.
Fonte: Notícias Agrícolas