Vice-presidente de agro do BB, Osmar Dias acredita que haverá recursos para safra de 2015/16

O crédito rural "tem papel primordial no processo de transferência das tecnologias desenvolvidas nos laboratórios e empresas para o campo”, afirma Osmar Dias, vice-presidente de Agronegócios e Micro e Pequenas Empresas do Banco do Brasil. Foto: Divulgação
O crédito rural “tem papel primordial no processo de transferência das tecnologias desenvolvidas nos laboratórios e empresas para o campo”, afirma Osmar Dias, vice-presidente de Agronegócios e Micro e Pequenas Empresas do Banco do Brasil. Foto: Divulgação

“As atuais taxas de financiamento, em termos reais, são negativas, e nesta situação a pressão sobre o Tesouro Nacional é muito grande”, afirma o vice-presidente de Agronegócios e Micro e Pequenas Empresas do Banco do Brasil, Osmar Dias. Apesar disso, ele acredita que não faltarão recursos para financiar a produção do Plano Safra 2015/2016.

“Para reforçar esse sentimento, lembro que o crédito rural, como todos nós sabemos, tem papel primordial no processo de transferência das tecnologias desenvolvidas nos laboratórios e empresas para o campo”, afirma Dias.

Mesmo otimista, ele admite que possa haver ajustes nas taxas de juros e ainda afirma que este assunto será conduzido pelos ministérios envolvidos – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Ministério de Desenvolvimento Agrário (MDA) e Ministério da Fazenda. Com isso, o BB vai aguardar as definições destes órgãos.

Segundo Dias, “o governo federal tem demonstrado a devida sensibilidade com o setor, e, certamente, a definição das taxas será calibrada de forma a atender as necessidades do setor preservando o Tesouro Nacional”. Lembrou também que as condições do Plano Agrícola e Pecuário para a safra 2015/2016, que entrará em vigor em julho, ainda estão sendo definidas pelo governo federal.

MOMENTO DE INDEFINIÇÃO

“Neste momento ainda não temos uma definição de quais serão os valores alocados, mas tenho certeza que o governo federal, dentro das possibilidades do atual cenário econômico, irá atender às necessidades do setor produtivo agropecuário.”

Dias ressalta que “é isso que tem sido feito nos últimos 10, 15 anos, e é essa sensibilidade do governo federal que contribuiu para o grande crescimento do agronegócio nos últimos anos”.

Para o vice-presidente de Agronegócios e Micro e Pequenas Empresas do Banco do Brasil, “a agricultura não é um setor desconectado do resto da economia, portanto, sente o impacto desse ritmo mais lento”. “Entretanto, em um cenário de baixo crescimento econômico e redução de investimentos, o agronegócio é um dos poucos setores com resultados positivos e tendência de expansão.”

Ele também destaca que “já tivemos no Brasil, em outros momentos da história, dificuldades econômicas e, ainda assim, o setor continuou trabalhando, investindo e colhendo bons resultados. É da natureza do nosso produtor rural superar desafios e tenho certeza que não será diferente neste momento”.

Por equipe SNA/SP

 

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