Com um forte aumento em dezembro, as vendas de máquinas agrícolas e rodoviárias totalizaram 47.077 unidades no mercado doméstico em 2020, cerca de 7,30% mais do que em 2019 (43.855 unidades), segundo dados divulgados hoje pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
O avanço foi garantido pelo reaquecimento da demanda no segundo semestre, em meio ao aumento das margens de lucro principalmente dos produtores de grãos, como soja e milho. Em dezembro, houve um aumento de 49,80% em relação ao mesmo mês de 2019, para 5.004 máquinas agrícolas e rodoviárias.
“Foi o melhor mês desde outubro de 2018″, disse Alexandre Bernardes, vice-presidente da Anfavea, durante apresentação virtual realizada pela associação.
As perspectivas para 2021 são positivas, embora os recursos do Moderfrota, principal linha de crédito para a aquisição de máquinas agrícolas do País, já tenham se esgotado nesta temporada 2020/21, que para efeitos de crédito rural, terminará em junho.
Bernardes minimizou a importância desse esgotamento, com a justificativa de que há outras linhas de crédito à disposição na praça, embora não com taxas de juros equalizadas com recursos do Tesouro.
“A gente vê o mercado bastante forte”, disse ele. A expectativa da Anfavea é que as vendas aumentem 7% neste ano. No caso específico das máquinas agrícolas, a previsão é de alta de 5%, para 6.500 unidades.
Exportações e produção
Se as vendas domésticas estão aquecidas, as exportações continuam fracas. Voltaram a cair em dezembro, 34,90%, para 619 unidades, e encerraram o ano passado com recuo de 33,30% em relação a 2019, para 8.594 unidades.
“As dificuldades vieram do mercado latino-americano, que ainda sofre com efeitos da pandemia e onde a economia não está rodando como gostaríamos”, afirmou Bernardes.
A produção de máquinas agrícolas, por sua vez, recuou 9,80% no País em 2020, para 47.919 unidades, embora tenham aumentado em dezembro (117,60% para 4.977 unidades).
Para Bernardes, o recuo no acumulado do ano reflete os efeitos da pandemia nos meses de março, abril e maio, quando houve problemas com fornecedores e as fábricas do segmento pararam ou reduziram as atividades de forma expressiva.
Fonte: Valor
Equipe SNA