Os preços dos fretes rodoviários subiram moderadamente no pico da temporada de grãos no Brasil como resultado do ritmo lento das vendas dos agricultores e atrasos na colheita em Mato Grosso, mostraram dados compilados pela agência Argus.
O Brasil está embarcando sua segunda safra de milho e continua exportando a soja colhida no 1º trimestre, o que normalmente aumenta o preço do frete dos caminhões nesta época do ano.
Os produtores brasileiros venderam cerca de 66% de sua safra de soja de 2023 até 7 de julho, cerca de 8% abaixo da temporada passada, segundo a consultoria Safras & Mercado.
Para o milho, cerca de 34% da segunda safra já foram vendidas, o que representa uma redução de mais de 4% no ano passado, disse a Safras.
O frete rodoviário médio na rota Sorriso-Miritituba atingiu R$ 300,00 por tonelada no início de julho, em comparação com R$ 373,00 por tonelada no mesmo período de 2022, informou a Argus.
O preço do trecho Sinop-Miritituba foi de R$ 288,00 a toneladas, contra R$ 345,00 a tonelada no mesmo período do ano passado, mostraram os dados do provedor de referências de preços de commodities.
O frete nas rotas para os Portos do Sul e Sudeste do Brasil, especialmente Paranaguá e Santos, estão em níveis semelhantes ou ligeiramente acima da temporada passada, informou a Argus.
Nas rotas do Sul, há menos caminhões disponíveis para transportar grãos, o que significa que o valor de frete ainda pode subir, acrescentou.
No início de julho, o frete na rota Rondonópolis-Santos estava a R$ 415,00 a tonelada, o mesmo de 2022. O preço Rondonópolis-Paranaguá chegou a R$ 415,00 a tonelada, acima dos R$ 410,00 a tonelada em julho de 2022, mostraram os dados da Argus.