Veja o que pode mexer com o preço da soja e do milho na semana

Veja abaixo os fatos que deverão merecer a atenção dos produtores rurais sobre o mercado de soja na próxima semana. As informações são do analista de Safras & Mercado, Luiz Fernando Gutierrez.

  • As atenções do mercado permanecem centralizadas no clima para o desenvolvimento da nova safra dos Estados Unidos e em novidades relacionadas à guerra comercial do país com a China. Sinais de demanda pela soja norte-americana completam o quadro de fatores;
  • A melhora climática prevista para a próxima semana na maior parte do cinturão produtor norte-americano pode trazer uma melhor condição para o desenvolvimento das lavouras, o que pesou sobre o mercado nesta última semana;
  • A inesperada melhora nas condições das lavouras, indicada pelo USDA, no dia 15, demonstra que há espaço para a recuperação de parte das produtividades norte-americanas afetadas inicialmente pelo clima adverso. Entramos no auge do mercado climático, e a volatilidade deve continuar pelos próximos 80 dias;
  • Apesar das quedas ao longo da semana em Chicago, a última atualização dos mapas indica que o clima deverá voltar a ficar seco no Meio-Oeste na última semana de julho. Esse fato, aliado aos rumores de que a China pode estar voltando a comprar soja norte-americana, ajudou a recuperar parte das quedas acumulada, com o vencimento agosto voltando a ser negociado acima de US$ 9,00/bushel. Atenção para novidades sobre estes rumores nos próximos dias. É fundamental que os chineses voltem a comprar soja norte-americana para um alívio nos estoques;
  • O mercado também espera por novidades relacionadas à guerra comercial após a recente conversa por telefone entre representantes dos governos dos EUA e da China. É possível que uma nova reunião presencial seja marcada para as próximas semanas, mas o mercado permanece cético. A falta de acordo comercial deve continuar limitando os movimentos de alta em Chicago, permanecendo como fator negativo para curto e médio prazo.

Milho

O impacto do clima sobre as lavouras de milho nos Estados Unidos deve permanecer no foco do mercado na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) na semana que começa. Veja as indicações do analista Fernando Henrique Iglesias, da consultoria Safras & Mercado, sobre o que deve merecer atenção do mercado nos próximos dias:

  • A última semana da Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) foi caracterizada pela volatilidade. Os modelos climáticos apontaram para alguma recuperação das lavouras no Meio-Oeste norte-americano, pressionando o mercado;
  • O mercado de clima permanece em curso, com as lavouras se aproximando de etapas chave do desenvolvimento, a floração e a polinização do milho;
  • Dessa forma, o relatório semanal de condições das lavouras divulgado toda segunda-feira pelo USDA ocupa um papel de destaque para nortear o mercado;
  • Empresas rejeitam milho que não atende a critérios para exportação
  • Atraso na compra de insumos pode aumentar custo do produtor
  • No mercado doméstico, a fluidez dos negócios foi pouco expressiva no decorrer da semana. Com as seguidas quedas da CBOT, houve mudanças na paridade de exportação, provocando a queda das indicações nos portos;
  • Ao longo da semana, a indicação de comprador em Santos e Paranaguá chegou a alcançar o patamar de R$ 38,00/R$ 38,50, entre os meses de agosto e setembro;
  • Com a recuperação da CBOT na última sexta-feira, dia 19, essas indicações saltaram para R$ 39,00/R$ 39,50. Mesmo assim não houve interesse de venda;
  • O clima permanece favorável ao trabalho de campo no Brasil, com a colheita evoluindo de maneira rápida em grande parte do Centro-Oeste.

Fonte: Agência Safras

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