O Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) para 2016, referente ao mês de junho, é de R$ 514.4 bilhões. O valor é 3% menor do que o registrado no ano de 2015, que chegou a R$ 530.4 bilhões. No entanto, é o terceiro maior de uma série iniciada em 1989.
As lavouras de cana-de-açúcar, café, milho e soja representam 70% do VBP deste ano, projeção calculada pela Secretaria de Política Agrícola (SPA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).
Os produtos que vêm obtendo melhor desempenho no ano são banana (29,8%), trigo (29,7%) batata-inglesa (21,2%), cacau (13,6%), café (12,3%), maçã (11,9%) e feijão (5,9%).
Segundo a análise da pesquisa, embora o aumento do VBP da soja tenha sido de apenas 0,7%, o grão tem peso de 34,4% na composição do valor.
“O comportamento desses produtos pode ser atribuído principalmente aos preços alcançados por alguns deles. Os demais, têm tido um bom desempenho devido à combinação de preços e produtividade”, disse José Garcia Gasques, coordenador-geral de Estudos e Análises da SPA.
Lavouras e pecuária
As lavouras apresentam queda de 2% e a pecuária, 4,9%. Entre os produtos que apresentam valor da produção real mais baixo que em 2015, destacam-se algodão herbáceo (-6%), laranja (-13%), mandioca (-14,9%), arroz (-15,4%), uva (-15,9%), fumo (-27%) e tomate (-47,9%).
Na pecuária, formada pelo faturamento de bovinos, suínos, frango, leite e ovos, observa-se que todos esses componentes estão em posição mais desfavoráveis.
As maiores quedas no VBP podem ser notadas em suínos (-12%) e leite (-11,7%). De acordo com o estudo, os preços mais baixos neste ano são a principal causa desse comportamento.
Como a variação do valor da produção é composta pelas variações na área, produtividade e preços, os efeitos da seca e do excesso de chuva que afetaram várias lavoras, incidiram principalmente sobre a produtividade.
“Foi acentuado o efeito da queda de produtividade de diversos produtos como algodão, arroz, feijão, milho, soja, maçã, uva e outras. Nessas lavouras o impacto da redução de produtividade foi em geral mais forte que os impactos dos preços e da variação da área”, disse.
VBP regional
Os valores por região mostram, como em relatórios anteriores, que em 2016 o Sul lidera a classificação do VBP com R$ 150.6 bilhões, seguido pelo Centro-Oeste (R$142.6 bilhões), Sudeste (R$137 bilhões), Nordeste (R$ 45.1 bilhões) e Norte (R$ 29.8 bilhões).
Na classificação das Unidades da Federação, Mato Grosso, São Paulo, Paraná e Minas Gerais são os que apresentam os maiores valores da produção neste ano.
Veja aqui os números detalhados do VBP nacional e aqui do VBP regional.
Fonte: MAPA