Valor da Produção Agropecuária de 2022 deve chegar a R$ 1.227 trilhão

Lavoura de algodão: produto obteve o melhor desempenho do VBP, com aumento real de 42,2%. Foto: Pixabay

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) estimou que o Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) de 2022 deverá alcançar R$ 1.227 trilhão. O resultado está 2,4% acima do obtido em 2021, que foi de R$ 1.199 trilhão, segundo dados de março.

A estimativa de janeiro indicou um crescimento real do VBP de 4,3%, quase o dobro do crescimento observado em março. A estiagem no Sul do país durante os meses de plantio foi o fator que mais impactou os resultados.  O valor das lavouras cresceu 7,5%, e o da pecuária sofreu uma retração de -8,5%.

Segundo o Mapa, os produtos com bom desempenho do VBP são: algodão em pluma, com aumento real de 42,2%; banana (17,7%); batata inglesa (11,4%); café – conillon e arábica (55,7%); cana-de -açúcar (28,4%); feijão (8,7%); laranja (10%); milho (24,1%); tomate (32,6%); e trigo (4,8%).

“Esses resultados podem ser atribuídos, em geral, aos aumentos de produção e aos preços. Nesse grupo, destacamos a contribuição de produtos relevantes, como cana-de-açúcar, café, algodão e laranja, que deram grande impulso ao VBP”, informou a nota da Secretaria de Política Agrícola do ministério.

“Entre os produtos que têm apresentado pior desempenho estão soja e arroz, afetados por redução de preços e por menor produção”, complementou o Mapa.

Pecuária

Com relação à pecuária, houve retração motivada pela queda de preço, redução das exportações (quantidade) no primeiro trimestre e os preços dos insumos para as rações, especialmente para suínos e frangos, e leite.

“Além da redução da quantidade exportada de carne de frango, houve redução de 42,6% nas exportações de carne suína em relação ao trimestre de 2021, e de 18,0% na quantidade de carne bovina”, destacou o ministério.

Retração acentuada

Já a região Sul foi a mais afetada pela seca, apesar de todo o impacto ainda não ter sido registrado. “Produtos importantes ainda encontram-se em campo, como o milho de segunda safra e o trigo, cujo plantio ainda está iniciando”, informou o Mapa.

“A retração da produção de soja e milho foi acentuada, como mostraram os levantamentos divulgados em março pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e Companhia Nacional de Abastecimento (Conab)”.

A quebra na safra de soja no Rio Grande do Sul é estimada em 50,8%; a do milho, 32%, e a do arroz irrigado, 11,1%. Para toda região, a perda de safra de soja foi de 44,2%, equivalente a 19 milhões de toneladas de grãos.B

Acesse o VBP Brasil e o VBP Regional.

 

 

Fonte: Ministério da Agricultura

Equipe SNA

 

 

 

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