As estimativas de safra recorde em 2023, divulgadas nesta semana pela Conab e IBGE, juntamente com os ganhos de produtividade foram determinantes do Valor Bruto da Produção (VBP), que atingiu R$ 1.151 trilhão na estimativa de outubro deste ano. Este valor está 2,20% acima do registrado em 2022, que foi de R$ 1.126 trilhão. O VBP das lavouras cresceu 4,20% em valores reais e está estimado em R$ 811.7 bilhões. A pecuária registrou um faturamento de R$ 339.9 bilhões, queda de 2,10% em relação ao ano anterior.
Contribuições positivas estão sendo registradas em uma relação grande de produtos. São eles: amendoim com 17,60% de aumento real no VBP, arroz 17,80%, banana 15,90%, cacau 19,50%, cana de açúcar 17,20%, laranja 18%, mandioca 42,40%, soja 2,90%, tomate 23% e uva 14,50%. Esse comportamento se deve à influência de preços, volumes produzidos ou a ambos.
Num ranking de produtos se destacam a soja, o milho, a cana de açúcar, o café e o algodão. Estes cinco produtos representam 81,90% do VBP das Lavouras. Os piores desempenhos são do algodão, da batata-inglesa, do café e do trigo. Fortes quedas dos preços em relação ao ano passado estão entre as principais causas desses resultados.
Na pecuária os destaques positivos são para os suínos, o leite e os ovos. Carne bovina e de frango não têm apresentado bons resultados neste ano.
Finalmente, os resultados regionais mostram a liderança de Mato Grosso, São Paulo, Paraná, Minas Gerais e Goiás, que representam 59,80% do VBP total.
Prognóstico do VBP para 2024
Ainda é cedo para estimativas do VBP para o próximo ano, tendo em vista as ocorrências climáticas. Excesso de chuvas e períodos secos trazem grandes incertezas. As primeiras estimativas não são muito otimistas, pois têm indicado uma safra menor do que a obtida em 2023. Algodão, café, feijão, milho soja e trigo são os produtos que devem registrar as maiores baixas. Em termos percentuais, o VBP previsto pode ser 5,30% menor do que o de 2023.
