O USDA divulgou o seu boletim mensal de oferta e demanda, contrariando algumas expectativas do mercado.
Soja/EUA
Ao contrário do que o mercado esperava, o USDA reduziu a estimativa da produção de soja de 127.72 para 127.64 milhões de toneladas, enquanto a expectativa média era de 128.81 milhões de toneladas. A produtividade foi revisada para cima para 59,51 sacas por hectare, mas a área plantada e colhida foi revisada para baixo.
A área plantada ficou em 36.06 milhões de hectares contra 36.38 milhões de hectares do boletim anterior, e a plantada em 35.73 milhões de hectares contra 35.98 milhões de hectares do boletim de outubro.
Os estoques finais aumentaram de 23 para 24.09 milhões de toneladas. A média esperada pelo mercado era de 23.41 milhões de toneladas. As exportações norte-americanas foram mantidas em 26.06 milhões de toneladas e o esmagamento em 56.34 milhões de toneladas.
Soja/Mundo
A produção mundial 2018/19 foi estimada em 369.48 milhões de toneladas, ligeiramente acima da estimativa do mês passado de 369.32 milhões de toneladas. Os estoques finais passaram de 108.26 para 110.04 milhões de toneladas. As importações chinesas foram mantidas em 94 milhões de toneladas e a produção em 15 milhões de toneladas.
Com relação ao Brasil, mudança apenas nos estoques finais, que passaram de 22.65 para 22.85 milhões de toneladas. A produção segue estimada em 120.5 milhões de toneladas e as exportações em 75 milhões de toneladas.
Para a Argentina, alta nos estoques para 36.27 milhões de toneladas, mas as exportações foram mantidas em oito milhões de toneladas e a safra em 57 milhões de toneladas.
Milho/EUA
O boletim também mostrou reduções na produção do milho. A safra norte-americana foi estimada em 375.38 milhões de toneladas, contra 376.63 milhões de toneladas da estimativa em setembro. O mercado tinha uma expectativa média de 377.24 milhões de toneladas.
A produtividade do cereal foi reduzida para 189,02 sacas por hectare, contra 189,65 sacas do boletim anterior. A média esperada de rendimento pelo mercado era de 190,17 sacas por hectare. A área plantada e colhida foi mantida em 36.06 e 33.1 milhões de hectares, respectivamente.
O uso de milho para etanol ficou estável em 143.52 milhões de toneladas, enquanto as exportações aumentaram de 60.96 para 62.87 milhões de toneladas.
Os estoques finais nos EUA passaram de 45.06 milhões para 46.05 milhões de toneladas, contra uma expectativa média de 49.08 milhões de toneladas.
Milho/Mundo
A produção mundial foi ligeiramente reduzida pelo USDA e ficou em 1.068.31 bilhão de toneladas, contra 1.069.00 bilhão do boletim passado. Ainda assim, os estoques finais do cereal mundiais aumentaram para 159.35 milhões de toneladas.
A produção do Brasil foi mantida em 94.5 milhões de toneladas e a da Argentina em 41 milhões, enquanto as exportações permaneceram em 29 e 27 milhões de toneladas, respectivamente.
O boletim mostrou também um aumento nas importações de milho pelo México, que passaram de 16.2 para 16,7 milhões de toneladas. As da União Europeia foram mantidas em 19.5 milhões de toneladas.
Fonte: Notícias Agrícolas