No segundo dia do Agricultural Outlook Forum do USDA, a instituição divulgou as suas principais estimativas para a nova safra de grãos dos EUA, com números bem maiores para as produções de soja e milho, depois das quebras consideráveis da temporada 2019/20 em função de severos problemas climáticos. As estimativas para os estoques finais, porém, chamam a atenção em ambas as culturas.
Soja
A produção de soja norte-americana 2020/21 está estimada inicialmente pelo USDA em 114.17 milhões de toneladas, contra as 96.84 milhões de toneladas colhidas na última safra. As expectativas do mercado variavam entre 112.02 e 119.8 milhões de toneladas. A produtividade foi estimada em 55,81 sacas por hectare.
Já os estoques finais deverão registrar mínima de quatro anos, segundo analistas e consultores de mercado, totalizando 8.71 milhões de toneladas. Caso a estimativa se confirme, os estoques serão os menores desde a safra 2016/17. As projeções do mercado variavam entre 8.93 a 22.45 milhões de toneladas. O USDA também estimou maiores exportações – 55.79 milhões de toneladas, e um esmagamento de 5797 milhões de toneladas.
No primeiro dia do fórum, o USDA havia projetado a área plantada com soja para a próxima safra em 34.4 milhões de hectares. A área a ser colhida foi estimada em 34.08 milhões de hectares.
Milho
Já a produção de milho foi calculada pelo USDA em 392.71 milhões de toneladas, contra as 347.79 milhões de toneladas da safra 2019/20 e diante das expectativas do mercado que variavam entre 366.39 a 397.07 milhões de toneladas. A produtividade estimada é de 186,72 sacas por hectare.
Os estoques finais podem totalizar, ainda segundo o USDA, 66.98 milhões de toneladas, bem acima dos números da safra anterior. O mercado já esperava por um volume grande, dentro de um intervalo de 44.25 a 77.47 milhões de toneladas.
O uso do cereal para a produção do etanol foi estimado em 138.44 milhões de toneladas e as exportações em 53.34 milhões, esta última também podendo superar largamente os números do ano comercial 2019/20. O aumento, segundo o USDA, “reflete a melhora nas expectativas do comércio global, porém, são ‘ameaçadas’ pela maior concorrência do Brasil, da Argentina e da Ucrânia”.
Notícias Agrícolas