A New Holland foi a pioneira, em 2015, a negociar máquinas agrícolas na modalidade “barter” (troca, em inglês), aceitando parte ou o total do financiamento em sacas de soja. Agora, como alternativa de crédito, a marca passou a adotar o “barter” com café. Com isso, o produtor ganha acesso à alta tecnologia, visibilidade do investimento em sua moeda (sacas) e direciona esforços para aumentar a produtividade na lavoura.
Para Jefferson Kohler, gerente de Marketing da New Holland, as operações de “barter” sempre tiveram importância como uma forma de financiar o produtor. “Para a marca, este é um modelo ágil e seguro. O “barter” tem sido uma ferramenta alternativa para financiamento de máquinas em um momento de escassez de crédito e pode ganhar uma representatividade maior no segmento de máquinas agrícolas”, destaca.
Comum entre os produtores rurais para a aquisição de sementes, defensivos agrícolas e fertilizantes, a operação consiste na negociação de máquinas agrícolas por sacas de café. “Para a New Holland, as transações com café são incipientes, porém com um potencial muito positivo para o próximo ano”, explica Kohler. “Para estruturar essas negociações, tivemos a assessoria da Unibarter, empresa referência no assunto e que conduziu a operação com a Louis Dreyfus Company, líder na comercialização e processamento de produtos agrícolas e uma das parceiras-chave deste programa no Brasil”.
A New Holland priorizou os estados de São Paulo, Bahia e Minas Gerais, principais produtores de café, para dar início a essa modalidade de financiamento. A primeira negociação ocorreu no município de Varginha (MG), com um trator TT3880F. O produtor pode optar entre pagar o valor integral da máquina ou uma parte dele, e o restante financiar nas linhas agrícolas tradicionais.
Para cada commodity existem regras específicas com relação a prazos e formas de negociação. Marcelo Pavão, gerente da concessionária Igarapé, em Varginha, responsável pela primeira negociação de “barter” com café da New Holland, afirma que, agora, o cliente tem mais uma forma de adquirir os produtos da marca. “A minha região produz muito mais café do que soja e os produtores têm essa opção para negociar e investir em maquinário e tecnologia para a lavoura”.
Fonte: Revista Cafeicultura