Apesar da forte queda no mercado internacional, os preços do trigo se mantêm relativamente firmes no Brasil. De acordo com pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a sustentação vem da maior presença compradora. Muitos vendedores, por sua vez, estão afastados do mercado.
Quanto ao clima, as chuvas diminuíram na região Sul, favorecendo a retomada do plantio do trigo e dos tratos culturais em algumas regiões. As precipitações anteriores, no entanto, resultaram em aparecimento de doenças e muitos produtores intensificaram a aplicação de defensivos com o apoio de aviões.
Em Santa Catarina, um dos estados mais prejudicados pelo elevado volume de chuvas, triticultores consultados pelo Cepea ainda não conseguiram finalizar o cultivo. Em algumas áreas já cultivadas, será necessário semear novamente, mas, segundo colaboradores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, ainda não foi possível mensurar o volume de perdas.
No Rio Grande do Sul, também não houve avanço significativo na área cultivada, segundo dados da Emater. Produtores relatam dificuldades na aplicação de herbicidas e fungicidas nas lavouras já semeadas e também de adubação nitrogenada em cobertura.
Fonte: Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea)