Em “live” promovida na tarde da última sexta-feira pela MZR Consultoria, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, fez comentários a respeito da forte relação comercial entre Brasil e China, principalmente em relação à exportação de soja.
No entanto, ela se mostrou preocupada com “a dependência que o Brasil tem da China na exportação de soja, sobretudo nos últimos anos”.
Segundo a ministra, quando o comércio entre Estados Unidos (grande fornecedor de soja para a China) e o gigante asiático estremeceu, o Brasil ocupou esse espaço, “porque não há outro país (para exportar o volume que a China adquire). Ou é o Brasil ou são os Estados Unidos.”
Embora reconheça que o Brasil pode e tem “tirado proveito, no bom sentido” dessa relação comercial, Tereza Cristina afirmou que é importante diversificar a pauta de exportações com a China e com outros países e reduzir a dependência do país asiático.
“Já discutimos, por exemplo, com a China, a abertura um pouco maior para o nosso farelo de soja”, disse. “E também conseguimos certificado para exportar farelo de algodão para lá. Abrimos este mercado, mas ainda estamos terminando a regulação dele. Do melão também.”
A ministra disse acreditar, entretanto, que “nunca é bom colocar todos os ovos numa só cesta”. “O Brasil pode se beneficiar (do comércio com a China), mas temos de ter cuidado”, acrescentou.
“Assim como a China não pode se tornar dependente de um único mercado fornecedor, o Brasil também tem de procurar novos mercados. Essa dependência é ruim para os dois lados.”
Fonte: Estadão Conteúdo
Equipe SNA