A ministra Tereza Cristina, da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), disse nesta segunda-feira, durante uma live com o deputado federal Pedro Lupion (DEM-PR), que poderá haver novidades, ainda esta semana, a respeito da importação de milho geneticamente modificado dos Estados Unidos.
Na transmissão, a ministra indicou que o Ministério e da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) deverá anunciar em breve a importação de alguma variedade de milho dos Estados Unidos.
“As empresas de proteína animal estão preocupadíssimas com medo de faltar milho. Não haverá falta de milho, mas há, sim, preço elevado. Trabalhamos desde o ano passado com essa questão. Já retiramos a TEC (Tarifa Externa Comum) para importar de fora do Brasil. Agora devemos ter ainda esta semana alguma novidade da CTNBio para poder entrar milho americano”, afirmou Tereza Cristina.
O setor de proteína animal pede, pelo menos, desde o final de 2020, por medidas de amparo para a compra de milho e produtos do complexo soja destinados à alimentação dos animais, entre elas, a importação de milho geneticamente modificado dos Estados Unidos para a produção de ração.
Em abril deste ano, o Mapa decidiu pela isenção, até o final de 2021, da TEC para a importação de milho e produtos do complexo soja de fora do Mercosul.
Pendências
Entretanto, outros pedidos da cadeia de proteína animal junto ao governo federal seguem pendentes, como a isenção temporária de PIS/Cofins para a importação de insumos por empresas que estão fora do sistema drawback e para transações de grãos interestaduais; aprovação da importação de milho geneticamente modificado dos Estados Unidos para fabricação de rações e aumento na capacidade de armazenamento e de área de plantio de grãos.
Safrinha de milho
Durante a live, Tereza Cristina disse estar preocupada com os resultados da safrinha de milho pelo Brasil, já que “todo mundo teve um sufoco nessa temporada, porque houve atraso na safra de verão, as chuvas chegaram atrasadas e diminuiu a janela do plantio do milho”.
Para a ministra, tudo indica que os preços (do milho) não cairão muito. “O que precisamos é que a população seja vacinada e que haja crescimento de empregos”, disse ela, fazendo referência à retomada do poder de compra do consumidor.
Fonte: Notícias Agrícolas
Equipe SNA