A Tabela de Preços Mínimos por Km e por Eixo, que é publicada pela ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), pode estar com dados errados. Informações que estão circulando entre os meios de transporte indicam uma inversão dos preços das planilhas referentes a Cargas Perigosas, que tem preços menores e a Granel, com preços maiores.
Desde que a tabela foi divulgada contendo preços muito acima dos praticados no mercado, as transportadoras estão fazendo diversas reclamações sobre a inviabilidade desses valores. Nesse cenário, tanto empresas exportadoras quanto aquelas responsáveis pelo processamento da soja estão suspendendo as compras.
Caso os preços não sofram correção, os valores mais caros serão repassados aos produtores rurais, com a soja desvalorizando entre R$ 60,00 e R$ 80,00 por tonelada, já que a Bolsa de Chicago não tem margem para repassar os custos com impostos.
Vale lembrar que essa tabela com preços mínimos para o frete foi uma das exigências feitas pelos caminhoneiros autônomos durante a paralisação, o que agora gera risco de uma nova revolta dos motoristas que estão recebendo uma tarifa sem precedentes.
Um dos posicionamentos mais agressivos contra a tabela de preços foi tomado pela processadora de soja gaúcha Bianchini, que anunciou na segunda-feira (4/6) que suspenderia todas as atividades relacionadas com o transporte de cargas como resposta à implantação da Tabela de Preços Mínimos imposta pela ANTT.
A Bianchini tem forte presença em todas as regiões produtoras de grãos do Rio Grande do Sul, processando cerca de 1.5 milhão de toneladas de soja e comercializando mais de 500.000 toneladas por ano em suas fábricas localizadas em Canoas e no Rio Grande.
Fonte: Agrolink
