Já são nove meses de grandes dificuldades na suinocultura catarinense. Um cenário que demora a se reverter neste 2016. Sem tempo ou dinheiro para cruzar os braços e aguardar as boas notícias, é preciso caminhar com as próprias pernas. É assim que os produtores cooperados à Cooperativa Agroindustrial dos Suinocultores Catarinenses fazem para não ver o cenário tão desolador na atividade.
A Equipe de Jornalismo da ACCS/COASC acompanhou a chegada de milho em uma das propriedades catarinenses, no último final de semana. Ao amanhecer o sábado (03/09), duas cargas de milho chegaram à Granja Suruvi, em Concórdia (SC). Juntas as cargas somaram 62.990 kg, o suficiente para abastecer a Granja de Material Genético, por apenas 25 dias. “É uma grande alternativa para amenizar a situação da suinocultura, o milho chega por um valor menor e representa alívio”, destaca o suinocultor cooperado à COASC, Clair Antônio Lusa.
O plantel aqui é grande, são 2.500 suínos. Com a crise, provocada pelo alto custo dos insumos, a alterativa é contar com o insumo importado pela COASC. Proveniente do Paraguai, o milho importado, começa a chegar às granjas catarinenses. Já são 700.000 toneladas adquiridas pela cooperativa, economia que para o produtor representa um valor de 8% a menos em comparação com o mercado aberto. “Uma diferença de R$ 3,00 à R$ 4,00 por saca”, reforça ele.
Assim como esse suinocultor, os associados à cooperativa colhem os frutos de um trabalho que iniciou na ACCS. “A primeira visita que realizados ao Paraguai foi até mesmo antes de implantar a Cooperativa, após a criação da COASC, definitivamente abrimos o caminho para a importação de insumos, com valores vantajosos aos produtores”, descreve o presidente da ACCS, Losivanio Luiz de Lorenzi.
Novos contratos de importação de milho estão em andamento pela COASC. Para iniciar o trabalho os líderes da COASC visitaram o país vizinho por cinco vezes e com muita dificuldade, vencendo a burocracia e as greves, conseguiram realizar o anseio do suinocultor, que é pagar o necessário pelo insumo tão importante para a alimentação dos animais. Do Paraguai o milho percorre um longo caminho, ao entrar no Brasil, são duas alternativas, ou por meio de balsa ou via terrestre. Mas mesmo com desafios, a compra vale a pena para o associado. “A qualidade é excelente, muito melhor do que o milho vindo dos Estados Brasileiros”, conta o suinocultor.
Qualidade que torna o Paraguai um país diferenciado e seguro quando assunto é importação.
A COASC se consolida em um momento que o agronegócio e a suinocultura não podem contar com ações dos Governos, como isenção de PIS/CONFINS e vinda de milho transgênico específico para o trato animal. Os produtores entendem que a compra em conjunto faz diferenciais grandes de preço, e torna o setor ainda mais unido e produtivo.
Fonte: ACCS