Suinocultores mineiros saem do vermelho e paulistas ainda empatam em custos

Depois de sete meses trabalhando no vermelho, a suinocultura mineira pela primeira vez no ano conseguiu sair cobrir os custos de produção. Nesta semana, a bolsa de Minas Gerais fechou em R$ 4,70 Kg/vivo, um bom número para o produtor, que tem o custo de R$ 4,20 Kg. Em São Paulo, os resultados também são positivos, visto a recuperação dos preços, definidos em R$ 4,69 a R$ 4,80 Kg/vivo.

Minas Gerais

O feriado em Belo Horizonte (MG) não atrapalhou a negociação da Bolsa de Suínos na última segunda-feira (15/08). Segundo o presidente da Associação dos Suinocultores de Minas Gerais (ASEMG), Antônio Ferraz o mercado em Minas segue firme devido a escassez de animais leves, a nível nacional e resultados recordes de exportações, o que diminui a entrada de animais no Estado. “Fechamos em R$ 4,70, patamar que atende ao frigorífico e o produtor. Depois de um longo período no vermelho, estamos começando a respirar, sair do vermelho, já que o custo de produção está em R$ 4,20 além do milho em queda”, diz.

Para Ferraz, a tendência é melhorar ainda mais. “Historicamente, esse período que segue até dezembro é promissor. Mas, ainda nossa maior preocupação é com o consumidor final, seu poder aquisitivo está menor, esperamos que isso se equilibre logo”, aponta ressaltando que,0 para a próxima não há expectativa de maiores elevações no preço.

São Paulo

A Bolsa de Comercialização de Suínos do Estado de São Paulo “Mezo Wolters” definiu pela manutenção nos preços do suíno vivo em R$ 88,00 a R$ 90,00/@ condições bolsa – R$ 4,69 a R$ 4,80 Kg/vivo. “A manutenção se dá porque houve uma rápida evolução nos preços e precisamos que haja adequação da cadeia, além disso, necessitamos que no Sul do País, tanto produtores independentes quanto integrados, corrijam seus preços para o mercado paulista”, explica Ferreira Júnior, presidente da Associação Paulista dos Criadores de Suínos (APCS).

Quanto aos custos, diferente do mercado mineiro, os suinocultores paulistas estão empatando nos preços, onde o custo para produção do quilo do animal vivo está em R$ 4,70. “Precisamos manter os preços com os reajustes para conseguir corrigir as perdas”, enfatiza Ferreira que aconselha o produtor paulista a iniciar o estoque de milho assim que houver condições favoráveis. “ Quando o valor do milho se ajustar a R$ 38,00 e R$ 40,00, posto Campinas, é hora de fazer o seu estoque porque temos duvida do abastecimento de grãos”, revela.

De acordo com a associação, os frigoríficos no estado de São Paulo estão comercializando o animal abatido (carcaça) em torno de R$ 7,00 a R$ 7,30/Kg, que representa o preço do suíno vivo 67% do preço da carcaça.

 

Fonte: Suinocultura Industrial

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