As cotações para o suíno vivo tiveram um novo dia de estabilidade nesta quarta-feira (27). Em algumas praças de comercialização, foram registradas recuperação de preços – após um longo período de pressão nas referências de negócios. Porém, a demanda de final de mês tem mantido o mercado calmo nesta semana.
Em São Paulo, a definição da semana ficou entre R$ 68,00 a R$ 70,00/@ – o mesmo que R$ 3,63 a R$ 3,73/kg. A APCS (Associação Paulista de Criadores de Suínos) aponta que foram observados negócios em R$ 68,00/@ nesta semana.
O CEPEA (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) explica que houve uma regulação na oferta de animais, o que proporcionou melhora nas cotações, embora o cenário ainda seja preocupante para o mercado.
Por outro lado, o período do mês não é propício para a comercialização, visto que a demanda costuma se enfraquecer na segunda quinzena. “Nem mesmo os menores valores ofertados por atacadistas nos últimos dias foram suficientes para atrair compradores”, apontam os pesquisadores.
Em entrevista ao Notícias Agrícolas, o diretor executivo da Sindicarne (Sindicato das Indústrias da Carne e Derivados de Santa Catarina), Ricardo Gouvêa, explica que o consumo de proteínas têm sido afetado pelo cenário político e econômico do Brasil – o que tem diminuído a rentabilidade das indústrias.
Além disto, a crise de abastecimento do milho tem causado ainda mais problemas ao setor, que depende do cereal para a ração nas granjas. “Vendo todo esse cenário acredito que as empresas devem estar pensando em compras antecipadas e formação de estoques”, analisa.