As cotações para o suíno vivo iniciaram uma nova semana de alta nesta segunda-feira (15). Assim como nas últimas semanas, diversas praças de comercialização definiram reajustes positivos, após um longo período de pressão sobre as cotações. Com isso, São Paulo, Rio Grande do Sul e Santa Catarina registram alta nas referências de negócios.
Como esperado, a bolsa de suínos de São Paulo fechou a cotação entre R$ 88,00 a R$ 90,00/@ – o equivalente a R$ 4,69/kg e R$ 4,80/kg. Há quase um mês, o preço do suíno vivo vem subindo, após reajuste na oferta de animais. Na última semana, grande parte dos negócios na praça ocorreu acima do valor definido, que estava em R$ 85,00/@, segundo informações divulgadas pela APCS (Associação Paulista de Criadores de Suínos).
Já no Rio Grande do Sul, a pesquisa semanal da ACSURS (Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul) aponta que a média paga aos suinocultores independentes passa a ser R$ 4,10/kg, uma alta de R$ 0,25 em relação a definição anterior. Os produtores integrados seguem recebendo em média R$ 2,85/kg.
As cotações dos insumos também tiveram redução na pesquisa desta semana para o estado. A saca de milho de 60 quilos está valendo em média R$ 48,66, enquanto que na semana anterior estava em R$ 50,33 por saca. Por outro lado, há um ano a média do estado era de R$ 26,37 por saca.
Já em Santa Catarina, a bolsa de suínos também definiu alta para a referência do estado, que passa de R$ 3,80/kg para R$ 4,05/kg. O presidente da ACCS (Associação Catarinense de Criadores de Suínos) explica que os negócios estão ocorrendo por volta dos R$ 4,00/kg, abaixo dos atuais patamares de custo de produção.
Além disto, é esperado que as agroindústrias do estado também anunciem reajuste nos próximos dias. “As agroindústrias têm mantido um preço muito baixo no quilo do suíno, que não cobre qualquer custo dentro de uma propriedade rural. Há informações de que as agroindústrias poderão aumentar o preço pago ao produtor nos próximos dias”, explica o presidente.
Segundo boletim do CEPEA (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), o mercado segue registrando fortes altas tanto no atacado, quanto nas granjas. “O impulso vem, principalmente, da baixa oferta de animais para abate e do aumento da demanda, favorecido pelas temperaturas mais amenas e pelo período de recebimento de salários”, mostrou o boletim.
Exportações
O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) divulgou nesta segunda-feira as parciais de embarques de carne suína in natura do mês de agosto. Novamente, os dados divulgados apresentam resultados acima dos registrados em agosto do ano passado e do mês anterior – comparando as médias por dia.
Em 10 dias úteis foram embarcados 30.900 toneladas, com uma média diária de 3.100 toneladas. Em receita, as exportações chegam a US$ 67.4 milhões, em que o valor por tonelada está em US$ 2.183,60 .
Fonte: Notícias Agrícolas