Suíno vivo: cotações fecham estáveis nesta 5ª feira; exportações têm bom volume, mas ficam abaixo das expectativas

O mercado de suíno vivo fechou novamente estável nesta quinta-feira (1º de setembro). Apesar dos preços firmes nos últimos dias, no início da semana diversas praças de comercialização registraram recuo nas cotações, como em São Paulo, Rio Grande do Sul e Minas Gerais.

Segundo informações divulgadas pelo CEPEA (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), as últimas quedas estão atreladas a demanda, em que o mercado tem registrado vendas fracas no cenário doméstico. No início do mês, as cotações vinham em um período de recuperação, refletindo nos preços das granjas e também no atacado.

“O aumento nos preços do suíno, especialmente nas primeiras semanas de agosto, trouxe esperança de que a situação econômica das granjas melhoraria um pouco”, apontam os pesquisadores do Centro.

Em entrevista ao Notícias Agrícolas, o presidente da ACSURS (Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul), Valdecir Folador, explica que a procura pela proteína no mercado interno foi responsável pelas baixas nas duas últimas semanas. Com isso, as cotações no estado gaúcho voltam a ficarem abaixo dos custos de produção.

Apesar disto, Folador aponta que a baixa deve ser pontual, em função do período do mês. Com as dificuldades econômicas do país, suinocultores têm encontrado dificuldade em repassar altas, porém, com o período de recebimento de salários, o mercado pode ter nova recuperação.

A Sindirações (Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal) também aponta as dificuldades do setor, diante dos altos custos de produção e de escoamento da produção. Com isso, espera que a demanda por rações registre recuo em relação ao segundo semestre de 2015 e estabilidade com os dados dos primeiros seis meses deste ano.

“Embora as festas de fim de ano tendam a estimular o consumo de carne suína, o persistente alto custo da alimentação animal e a consistente redução do poder de compra do consumidor local podem inibir os abates e a oferta de carne suína, resultando em menor produção de rações durante o segundo semestre”, aponta o relatório.

Exportações

Por outro lado, os embarques de carne suína in natura vêm registrando dados positivos em agosto, porém frustrou a expectativa do mercado, que esperava números próximos a 65.000 toneladas. Segundo informações divulgadas pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) nesta quinta-feira, em 23 dias úteis foram exportadas 57.500 toneladas.

A média diária ficou em 2.500 toneladas, o que representa um aumento de 24,7% em relação ao mesmo período do ano passado e 0,4% em comparação com julho. Já em receita, os dados apontam para US$ 127.0 milhões, com o valor por tonelada em US$ 2.206,90.

 

Fonte: Notícias Agrícolas

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