StoneX reduz em 13% a estimativa da safra de soja do RS e cenário para o trigo piora

A safra gaúcha estimada passou das 23.05 milhões para 20.05 milhões de toneladas – Imagem de freepik
A estimativa da safra de soja 2023/24 do Rio Grande do Sul foi reduzida nesta sexta-feira (10) em 13%, ou 3 milhões de toneladas, para um total de 20 milhões de toneladas, após um levantamento inicial dos impactos das enchentes nas lavouras, informou a consultoria StoneX. “Com isso, a safra gaúcha estimada passou das 23.05 milhões para 20.05 milhões de toneladas”, informou em relatório.
A estimativa da safra brasileira de soja foi reduzida de 150.8 milhões para 147.8 milhões de toneladas, pela redução no Rio Grande do Sul. A consultoria indicou que ainda é impossível mensurar o impacto de toda a umidade na qualidade dos grãos, bem como os reflexos em armazéns e na logística interna e de exportação do Estado. “Ademais, novas revisões não estão descartadas até o final de maio, pois ainda estão previstas chuvas para diversas regiões”, ressaltou.
A StoneX atualizou a sua estimativa para a safra de trigo 2024/25 do Brasil, projetando uma queda de 6,80%, passando de 9.22 milhões para 8.59 milhões de toneladas. Em um momento em que as atenções estão voltadas para o Rio Grande do Sul (RS), após inundações terem causado grandes perdas materiais e humanas, um primeiro corte foi realizado na área plantada do estado, que inicialmente se reduziria em 200.000 hectares, podendo ocorrer novas atualizações nas próximas divulgações.
“As perdas poderiam se ampliar por duas frentes: a logística e a capacidade financeira dos agricultores. Por um lado, estradas e pontes foram afetados, dificultando o acesso aos portos tanto para escoamento dos produtos, como para acesso a insumos. Por outro lado, após três safras de verão consecutivas com rendimentos abaixo do esperado, a capitalização dos produtores encontra-se fragilizada, constituindo outro elemento que poderia diminuir os investimentos nas lavouras, com repercussões na produtividade”, indicou a consultoria, em relatório, divulgado nesta sexta-feira (10).
Além das perdas em solos gaúchos, a redução também reflete o oeste de Santa Catarina, principal região produtora do estado. Com a queda produtiva, o primeiro ajuste realizado para cima foi nas possíveis importações, uma vez que em um cenário que já se encontrava ajustado e sem perspectivas de maiores excedentes para exportações, agora se espera uma maior necessidade de se comprar mais trigo do exterior, com a estimativa de importação passando de 5.71 milhões para 6.25 milhões de toneladas.
É preciso acompanhar também o uso para semente e o consumo interno. Em relação às sementes a estimativa foi reduzida em quase 7%. Já para a demanda doméstica, a situação é de instabilidade, uma vez que o aumento esperado inicialmente pode não se concretizar. Assim, apesar de um cenário ainda é incerto, foi reduzida a oferta em 0,60%.
Fonte: StoneX
Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp