StoneX: Oferta apertada de trigo no Brasil aumenta dependência do cereal importado

Imagem de minka2507 por Pixabay

A StoneX atualizou a sua estimativa para a produção de trigo 2023/24 do Brasil, agora em 8.25 milhões de toneladas, queda de 4% em relação ao volume estimado em dezembro. Pelo lado da produção, a única revisão em relação ao relatório do último mês ocorreu na produção do Rio Grande do Sul.

O estado foi um dos mais afetados pelo excesso de chuvas, refletindo na produtividade, que passou de 2,18 toneladas por hectare para 1,95 toneladas por hectare. “Em meio à contração na oferta, a percepção é que as importações terão um papel ainda mais crucial para atender o consumo doméstico, especialmente a demanda pelo trigo de qualidade”, informou o grupo, em relatório divulgado nesta terça-feira (17).

Além de afetar as importações, a queda estimada na produção também impactaria a indústria de moagem e o estoque final. Similarmente ao verificado no caso das exportações, têm-se observado um acelerado ritmo de comercialização do trigo de baixa qualidade para o setor de ração animal, principalmente no Paraná e no Rio Grande do Sul, onde há um volume abundante do grão nessas condições.

“O aumento do volume do grão de qualidade mais baixa contribuiu para o aumento da estimativa do uso do cereal para ração em 2023/24, que alcançou o patamar de 1.06 milhão de toneladas. Isso representa um aumento de quase três vezes em relação ao registrado na safra 2022/23”, indicou a StoneX.

O grupo promoveu um aumento em sua estimativa das importações de 6.3 milhões para 7.1 milhões de toneladas, 10,70% a mais do que a da estimativa de dezembro. A variação anunciada implicaria um aumento interanual de 56,20%, o que reflete a maior movimentação por parte dos moinhos para adquirir um cereal de alta qualidade oriundo do exterior, destinado para consumo humano.

Uma das principais questões levantadas nesta atualização é que a maior necessidade de importações poderia pressionar a estrutura logística, principalmente no Sul do País.

Por fim, como resultado, houve uma redução no comparativo mensal da estimativa do estoque final, que seria de 109.500 toneladas, volume 26,60% menor do que o de dezembro e uma queda anual de 80,30%.

Fonte: StoneX
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