StoneX – Demanda por fertilizantes segue em alta no Brasil

O consumo de fertilizantes aumentou cerca de 4% ao ano entre 2000 e 2022 – Fotos de banco de imagens por Vecteezy

A demanda brasileira por fertilizantes voltou a aumentar em 2023, após uma desaceleração no ano passado. O avanço segue na contramão da contínua queda da produção interna, aumentando a exposição da agricultura aos preços internacionais, que são muito voláteis, alertam analistas da StoneX.

O consumo de fertilizantes aumentou cerca de 4% ao ano entre 2000 e 2022, de 16 milhões para 40 milhões de toneladas. Tomás Pernías, analista de inteligência de mercado da StoneX, indicou que o País é o terceiro maior consumidor desses produtos, atrás apenas de China e Índia.

“O Brasil responde por 8% do consumo global de NPK”, disse, durante o 6º Seminário StoneX, em São Paulo.
A sigla faz referência aos três principais macronutrientes usados na agricultura: nitrogênio, fosfato e potássio. A tendência é que a demanda por fertilizantes continue crescendo, acompanhando o aumento da área plantada e uma recuperação dos nutrientes no solo, após uma queda na utilização em 2022, causada pelo pico de preços no começo daquele ano.

Na contramão da demanda, a produção de adubos no País caiu, em média, 1% ao ano, para 6.1 milhões de toneladas em 2022. Esse cenário aumenta a dependência das importações de fertilizantes, que representam 85% do total utilizado no País, em um cenário global em que crises são cada vez mais frequentes.

A guerra na Ucrânia, as sanções à Bielorrússia e a crise do gás na Europa elevaram drasticamente durante o período da pandemia do Covid-19. “Há investimentos planejados, mas a expansão da estrutura produtiva demanda tempo”, indicou Pernías.

No médio prazo, os adubos nitrogenados e fosfatados tendem a cair um pouco a partir de novembro, disse Rafael Yamamoto, consultor de gerenciamento de risco para fertilizantes da StoneX.

“Isso sem considerar uma escalada do conflito em Israel”, disse. No caso do potássio, os preços estão bem próximos dos de 2020 e só devem ceder mais caso a China sinalize compras menores para o 1º semestre de 2024.

Fonte: Globo Rural
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