Startup brasileira ajuda a reflorestar Amazônia

Uma área remota do Pará, com 3.000 hectares, acolhe um dos maiores projetos de remoção de carbono do mundo. Uma startup brasileira, especializada em preservação ambiental, iniciou trabalho prático orçado em 100 milhões de dólares para remover carbono e reflorestar áreas desmatadas na Amazônia.

Há um projeto ainda mais ambicioso: plantar em menos de um ano 3 milhões de árvores de 70 espécies, entre elas 500 mil tipos de plantas que estão correndo risco de extinção. Segundo a startup, a escolha se deu em razão da grande área desmatada – cerca de 20% das florestas do país foram devastadas – e precisam ser reconstruídas, tendo em vista que é justamente ali que pode haver a maior contribuição para reduzir o avanço do aquecimento global.

Uma grande ajuda para evitar grave desastre ambiental mundo afora. A temperatura média global subiu mais de 1 grau de acordo com dados ONU e o desafio é impedir que chegue aos 2 graus, pois aumentará o cenário de secas e enchentes.

Segundo especialistas que integram a iniciativa, a biodiversidade também trará resultado, pois protege a floresta contra pragas e doenças, além de fazer com que ela produza mais, através do preparo e limpeza do solo para recebimento de fertilizantes e adubo, sendo possível otimizar a captura de carbono para além do que a natureza sozinha conseguiria.

Até recentemente, isso só era possível pela filantropia, com doações a ONGs que realizavam essas ações esporadicamente. Com o mercado dos créditos de carbono, produtores podem pagar a empresas que possuem a logística, expertise, maquinário e trabalhadores para entregar um resultado com mais rapidez e eficácia, movimentando a cadeia econômica e gerando empregos.

Em casos como esse, pode haver inclusive a recriação completa da chamada “comunidade florestal”, isto é, um plantio do zero, com a clara visualização de diferentes estratos e processos ecológicos como polinização e dispersão de sementes voltando a ser efetuados.

O mercado de carbono, apesar de movimentar quase um trilhão de dólares mundo afora e já ser regulamentado em diversos países, no Brasil ainda se encontra em fase inicial, mas com enorme potencial de se tornar um protagonista nesse segmento. Com as indústrias possuindo limite de emissões de gás carbônico, não raro é preciso compensar os excessos comprando créditos junto a empresas como essa startup, ou seja, papéis que valem dinheiro e atestam o chamado “sequestro” de carbono.

Os funcionários primeiramente calculam, através de medições específicas, o quanto determinado local já realiza em termos de compensação, para em seguida estipular o quanto ainda precisa ser capturado, e assim chegam ao montante necessário de plantio. Certas áreas podem remover quantidades enormes de carbono e a Amazônia é o principal deles. Com ciclos naturais de chuva, temperatura e solo já favoráveis, a expectativa é crescer e investir cada vez mais nessa resposta adequada aos desafios do desenvolvimento sustentável, ainda mais num país que é, a um só tempo, grande produtor de lar de biomas tão preciosos.

 

Por Marcelo Sá

Equipe SNA   
Fonte da Pesquisa: CNN

 

Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp