No Rio Grande do Sul, o preço da soja subiu no porto de Rio Grande, mas recuou em alguns lugares no interior, segundo informações da TF Agroeconômica. No que se refere ao mercado, não foram divulgados negócios. No porto de Rio Grande, o preço da soja subiu R$ 1,50 para R$ 155,00 para pagamento em 6 de novembro.
Em Canoas o preço subiu R$ 2,00 para R$ 156,50 para pagamento em 06 de novembro. Em Ijuí e em Cruz Alta recuou R$ 1,00 para R$ 155,00, para o final de novembro. O preço também recuou R$ 1,00 para $ 155,00 em Passo Fundo, para o final de novembro. Em Santa Rosa, onde a soja chegou a ser cotada a R$ 160,00 para o final de dezembro, o preço recuou para R$ 159,00. Para a soja futura, o preço subiu R$ 0,50 para R$ 135,50 para entrega e pagamento em maio de 2021, o que equivale a R$ 129,50 no interior.
No Paraná, os preços recuaram novamente. No mercado de balcão o preço oferecido ao agricultor na região de Ponta Grossa recuou R$ 5,00 para R$ 140,00. No mercado de lotes, para entrega em setembro o preço também recuou R$ 5,00 para R$ 145,00, em Ponta Grossa, para pagamento em meados de novembro. No interior dos Campos Gerais, o preço recuperou os R$ 10,00 perdidos na sexta-feira e voltou para R$ 145,00, para retirada em outubro e pagamento em novembro.
Em Paranaguá a cotação do mercado disponível caiu R$ 8,00 para R$ 152,00, para entrega no mês e pagamento no final de outubro. Já para a safra 2021, a saca recuou R$ 2,00 para R$ 130,00 em Ponta Grossa, para entrega e pagamento abril e foi cotada a R$ 134,00 em Paranaguá para entrega em março e pagamento em abril de 2021.
China
A China comprou 3 cargos dos Estados Unidos para compensar atraso da safra brasileira e outros 3 do Brasil, segundo informações da TF Agroeconômica. A consultoria afirmou que das 9 milhões de toneladas embarcadas pelos EUA em setembro, 75% do volume foi destinado para a China.
No entanto, essa demanda ainda não parece estar satisfeita, com a China ativando novamente o norte e o sul do Equador na segunda-feira, comprando um total de 5 cargos, três nos EUA e dois no Brasil, com dois cargos dos EUA programados para embarque um em dezembro e outro em janeiro. Esses embarques ressaltam os temores dos esmagadores chineses de que possam ser pegos sem matéria-prima no ano novo, em face do atraso da soja brasileira e um consequente aumento dos prêmios nos portos brasileiros, tornando os EUA competitivos até pelo menos meados do mesmo mês.
Além disso, com 1.7 milhão de toneladas de um total de 5.5 milhões de toneladas ainda por comprar, segundo estimativas do mercado, fontes dizem que haverá uma demanda para pelo menos mais 20-25 cargos dos portos dos EUA. Dito isto, na terça-feira a demanda chinesa continuou a se concentrar nos embarques de soja dos EUA para o Golfo e a PNW, bem como os embarques de soja brasileira em fevereiro, março e julho do próximo ano. As ofertas de compra para embarque de novembro na Costa Oeste foram relatadas a US$ 2,45/bushel sobre novembro CBOT contra ofertas de venda em torno de US$ 2,48-US$ 2,50/bushel, o que equivale a um preço fixo de US$ 472,00 a tonelada CFR/China. O embarque de dezembro foi avaliado em um inverso de US$ 0,03-US$ 0,04/bushel (US$ 1,00-US$ 1,25 a tonelada) a partir de novembro.
“Para o Brasil, o embarque de julho de 2021 ficou em US$ 1,69/bushel sobre julho CBOT versus ofertas de venda a US$ 1,78/bushel sobre julho CBOT e o embarque em fevereiro oferecido a US$ 2,30/bushel sobre março CBOT, sem nenhuma oferta firme relatada. O indicador APM-6 CFR/China para embarque de soja brasileira em novembro ficou em US$ 2,86/bushel sobre novembro CBOT, o que equivale a US$ 488,00 a tonelada, US$ 3,00 a tonelada abaixo no dia anterior.
Dólar
O dólar fechou em alta de 0,98%, cotado a R$ 5,5811 para venda. A moeda oscilou entre uma máxima a R$ 5,6270 (+ 1,81%) e uma mínima a R$ 5,5229 (- 0,07%).
CBOT
Os contratos futuros da soja estão em alta nesta manhã de quarta-feira (14) na Bolsa de Chicago. Por volta das 9h45 (Horário de Brasília), os principais vencimentos registravam ganhos de 4,75 a 5,75 centavos, com o novembro cotado a US$ 10,49¾ e o janeiro a US$ 10,51¾ o bushel.
O mercado reage bem ao forte avanço da colheita norte-americana, com números divulgados pelo USDA no final da tarde de ontem.
A área colhida de soja já colhida nos EUA chegou, até o último domingo (11), a 61%, enquanto o mercado esperava algo entre 50% e 51%. Na semana passada eram 38%; em 2019 23% e a média para o período, 42%.
O relatório mostrou ainda que 63% das lavouras da oleaginosa estão em boas ou excelentes condições, contra 64% da semana anterior, 26% em situação regular e 11% em condições ruins ou muito ruins.
Com relação ao milho, o USDA informou que a colheita já foi concluída em 41% da área, contra estimativas do mercado de 32% a 33% e frente aos 25% da semana anterior. Há um ano, nesse mesmo período, eram 20% e 32% é a média das últimas cinco safras para esta época.
61% das lavouras estão em boas ou excelentes condições, contra 62% da semana anterior. São ainda 25% das lavouras em condição regular e 14% em condições ruins ou muito ruins.
“Provavelmente, a pressão sazonal da entrada da safra nova americana já foi precificada. Com isso, o mercado passa a focar no atraso do plantio no Brasil e no risco climático (La Nina) na América do Sul”, disse Steve Cachia, consultor da Cerealpar e da TradeHelp.
Paralelamente, ainda segundo o Cachia, os próximos dias deverão ser de movimentação técnica, com o mercado esperando por novas informações que possam movimentar os preços. “Os altistas esperam um sinal para levar as cotações futuras a marca psicológica de US$ 11,00 o bushel”, disse.
Milho
Segundo a TF Agroeconômica, os preços do milho se mantem elevados, próximos de R$ 70,00/saca, no Rio Grande do Sul. Os preços mantiveram as altas da sexta-feira a R$ 70,50 em Santa Rosa; R$ 70,00 em Ijuí; R$ 69,00 em Ibirubá e R$ 67,00 em Cachoeira do Sul. Nas demais localidades do Estado oscilou entre R$ 61,00 e R$ 68,00. O mercado futuro registrou interesses a R$ 65,80 para março de 2021, na Serra.
Em Santa Catarina, três cidades pagam R$ 70,50 e outra R$ 70,00, mas o milho paraguaio chegaria a R$ 58,59. Os preços médios do milho continuam se mantendo a R$ 70,50 nas praças de Concórdia e Joaçaba e Mafra. No Alto Vale do Itajaí mantiveram a alta da sexta-feira a R$ 70,00 e se mantiveram inalterados a R$ 68,00 em Campos Novos.
No Paraná, os preços se mantiveram inalterados nesta terça-feira, ao redor de R$ 65,00 no mercado spot. No mercado de balcão, para os produtores paranaenses os preços ficaram entre R$ 55,00 e R$ 57,00. Já no mercado de lotes, os compradores estão elevando os preços na tentativa de estimular as vendas dos agricultores. Nos Campos Gerais, região de Ponta Grossa, no mercado de lotes spot a saca manteve a alta de sexta-feira a R$ 65,00 posto indústrias no mercado spot e R$ 62,00 para entrega em outubro e pagamento em novembro.
Os preços continuaram inalterados nesta terça-feira no Mato Grosso do Sul. Os preços do milho no Mato Grosso do Sul, principal fornecedor para os estados do RS, SC e SP, se mantiveram a R$ 54,50 em Caarapó; R$ 53,50 em Campo Grande; R$ 55,00 em Chapadão do Sul; R$ 57,50 em Dourados, subiam R$ 0,50 para R$ 55,00 em Maracajú; R$ 56,00 em Mundo Novo; se mantiveram a R$ 54,50 em Rio Brilhante; R$ 54,00 em São Gabriel do Oeste e R$ 53,50 em Sidrolândia.
Agrolink/Reuters/Notícias Agrícolas/SNA