Soja: Tarifas devem reforçar pressão sobre cotações

Os preços da soja também recuaram no mercado spot nacional – Foto: Canva

Soja

Os contratos futuros do complexo soja negociados na Bolsa de Chicago vêm caindo nas últimas semanas, sobretudo os do grão e do farelo. Pesquisadores do CEPEA explicam que além do avanço da colheita no Brasil (principal produtor e maior exportador mundial de soja) e dos estoques elevados nos Estados Unidos, as tarifas de importações impostas pelo governo norte-americano na semana passada e as consequentes retaliações devem reforçar o movimento de baixa nos próximos dias.
No caso de produtos agrícolas, análise do CEPEA indica que certamente tarifas desta natureza inviabilizam as compras nos Estados Unidos e levam demandantes externos, como a China, a buscar novos fornecedores. Nesse ambiente, os preços da soja também recuaram no mercado spot nacional, mas, segundo levantamentos do CEPEA, o movimento de queda foi limitado pela alta dos prêmios de exportação no País, que, por sua vez, subiram em função da maior demanda internacional pela soja brasileira.

Milho

Os preços do milho vêm caindo neste início de abril na maioria das regiões acompanhadas pelo CEPEA. Segundo o CEPEA, a pressão vem sobretudo da demanda enfraquecida. Consumidores, abastecidos e atentos à colheita da primeira safra, se afastaram do mercado, à espera de novas quedas.
Já vendedores estão mais ativos no mercado spot nacional, tentando negociar novos lotes, temendo que o ritmo das quedas nos preços se intensifique. Outros, contudo, continuam limitando o volume ofertado, de olho no desenvolvimento da segunda safra.
Ainda segundo pesquisadores do CEPEA, nos últimos dias, o retorno das chuvas em partes das regiões produtoras melhorou a expectativa sobre o desenvolvimento e a produção da segunda safra. Além disso, as dificuldades logísticas diminuíram, tendo em vista a maior oferta de caminhões.
Fonte: CEPEA
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