As cotações da soja registraram ontem (6/6) um dia de ligeira alta no mercado físico, influenciado pelo dólar que fechou em alta de 0,75% e de Chicago que caiu 0,7%. Segundo os índices do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), em média os preços subiram 0,21% nos portos e 0,02% no interior do País.
Segundo o analista Luiz Fernando Pacheco, da T&F Consultoria Agroeconômica, a confusão sobre os preços dos fretes vem sendo decisiva nos últimos dias: “Só roda caminhão próprio nas estradas. Caminhão fretado, só com frete mais elevado entre 35% e 150%. Difícil”.
O especialista disse que, com Chicago em queda e o dólar se equilibrando, os preços no interior do País praticamente não se mexeram, e na exportação só subiram porque é necessário incentivar as entregas, que estão paradas com a confusão dos fretes. Isso porque as tradings estão compradas até julho, mas não receberam tudo ainda.
“Ouvimos também que, no porto, tinha comprador a R$ 89,00 CIF, spot. Sobre a paridade de exportação, quando Chicago ainda estava a $10,00 ¼ para julho/18 (fechou a US$ 9,94 ¼), contando com um prêmio de US$ 0,90 e dólar futuro na BM&F a R$ 3,854, permitia pagar R$ 90,32 sobre rodas no porto”, afirmou Pacheco.
“Para agosto, com Chicago a $10,05 ½, prêmio a US$ 1,00 e dólar futuro na BM&F a $ 3,862, a paridade de exportação estava a R$ 91,81/saca. Para março/19, com Chicago a $ 10,17 ¼, prêmio de US$ 0,52 e dólar futuro na BM&F a R$ 3,928, permitiu pagar até R$ 90,24 sobre rodas no porto”.
O analista disse ainda que “para abril/19, com Chicago a $ 10,19 ¼, prêmio de US$ 0,43 e dólar futuro na BM&F a R$ 3,943, permitiu pagar no porto sobre rodas algo como R$ 89,97/saca. Estes preços ficaram menores depois do fechamento, que foi mais baixo. Quem vendeu, aproveitou”.
Fonte: Agrolink