Os contratos futuros da soja na Bolsa de Chicago voltaram a fechar em baixa, com os vencimentos mais negociados registrando perdas de 6,75 a 7 centavos. O janeiro/18 fechou cotado a US$ 9,75 ¾ e o maio/18, referência para a safra brasileira, a US$ 9,98 ¼ o bushel.
As cotações reagiram aos números que o USDA divulgou em seu boletim mensal de oferta e demanda, que vieram em linha com as expectativas do mercado.
Uma redução nas exportações norte-americanas de soja, bem como um aumento leve nos estoques finais dos EUA foram confirmados pelo USDA, justamente como esperavam analistas e consultores de mercado. As revisões, porém, foram bastante tímidas.
“Este, normalmente, é um relatório sem novidade. Em janeiro sim temos a definição da safra dos EUA e uma melhor estimativa da evolução do Brasil e da Argentina. Então, o que esperar do boletim de dezembro? Apenas pequenos ajustes”, disse Camilo Motter, analista de da Granoeste Corretora de Cereais.
Segundo Motter, prevalece a influência maior das condições climáticas na América do Sul daqui em diante, bem como a movimentação cambial. “Acho que esse é o ponto forte de atenção, no sul do Brasil e Argentina, especialmente. A região sujeita à estiagem é grande, mas cada dia é uma história”, disse.
Mercado no Brasil
Com essa movimentação de Chicago, a maior parte das praças de comercialização no interior do Brasil terminou o dia estável. Assim, os preços para a soja no mercado disponível ainda variam entre R$ 56,00 e R$ 74,30. Os destaques nesta terça-feira, porém, ficaram por conta de algumas localidades em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, como São Gabriel do Oeste, onde a saca subiu 4,10%.
Apoiados no bom momento do dólar, as cotações da soja nos portos subiram. Em Paranaguá, alta de 1,34% no mercado disponível e de 1,33% para a safra nova, com a saca cotada a R$ 75,50 e R$ 76,00, respectivamente. No terminal de Rio Grande, por sua vez, as altas foram de 0,67% e 0,65%, para R$ 75,00 e R$ 77,00.
A moeda americana fechou em alta de 0,93%, cotada a R$ 3,3281 para venda.
Mesmo com redução de estoques e maior consumo de etanol nos EUA, milho acabou caindo em Chicago
Os contratos futuros do milho negociados na CBOT voltaram a fechar em baixa, com os principais vencimentos registrando perdas de 1,25 centavos. O março/18 fechou cotado a US$ 3,47 ¾ e o maio/18 a US$ 3,56 o bushel.
