Soja sobe no RS, mas cai no Paraná

Segundo a TF Agroeconômica, mesmo após o anúncio da liberação dos impostos de importação de soja (norte-americana, porque o MERCOSUL não tem mais) os preços da soja no Rio Grande do Sul, principal estado atingido pela escassez do produto, continuaram subindo, nesta terça-feira.

O preço subiu R$ 1,50 para R$ 165,50 no porto de Rio Grande, para pagamento em 6 de novembro. Em Canoas o preço também subiu R$ 1,00 para R$ 165,00 para pagamento em 06 de novembro. Em Ijuí e em Cruz Alta a soja mantive o preço do dia anterior a R$ 165,00, para final de novembro e em Passo Fundo, subiu R$ 1,00 para R$ 168,00, para o final de novembro. Em Santa Rosa, o preço se manteve a R$ 165,00.

No Paraná, no entanto, o preço recuou R$ 4,00 nesta terça-feira para R$ 156,00 em Ponta Grossa. No mercado de balcão o preço oferecido ao agricultor na região de Ponta Grossa manteve a alta do dia anterior a R$ 150,00.

No mercado de lotes, para entrega em outubro o preço recuou R$ 4,00 para R$ 156,00 em Ponta Grossa, para pagamento meados de novembro. No interior dos Campos Gerais, porém, o preço se manteve a R$ 160,00, para retirada em outubro e pagamento em novembro.   Em Paranaguá a cotação do mercado disponível recuou R$ 1,00 para R$ 155,00, para entrega no mês e pagamento final de outubro. Também para a safra 2021, o preço permaneceu inalterado a R$ 133,00 em Ponta Grossa, para entrega e pagamento em abril e R$ 136,00 em Paranaguá para entrega em março e pagamento em abril de 2021.

China 

Nesta terça-feira, a demanda chinesa se concentrou nos embarques de janeiro e fevereiro com interesses de compra esporádicos indicados para os embarques do 2º trimestre e do 3º trimestre de safra nova brasileira, informou a TF Agroeconômica. Para o embarque de soja dos EUA do Golfo o prêmio ficou estável a US$ 2,65/bushel sobre janeiro CBOT CFR/China e o mesmo carregamento da PNW foi oferecido US$ 0,10/bushel abaixo dos níveis do Golfo.

Os níveis negociáveis permaneceram inalterados a partir de segunda-feira, com o embarque janeiro/PNW cotado a US$ 2,50/bushel sobre janeiro CBOT. Para a soja brasileira, as ofertas para embarque março/Santos estavam a US$ 1,75/bushel sobre março CBOT em base CFR versus ofertas a US$ 1,83/bushel sobre os mesmos futuros. As ofertas de compra para embarques abril e maio foram cotados a US$ 1,60/bushel e US$ 1,64/bushel sobre maio CBOT, respectivamente, com ofertas de venda para esses embarques US$ 0,04-US$ 0,08/bushel acima.

No Brasil, as vendas de agricultores avançam em 55%, nível muito superior do que nos anos anteriores, embora o ritmo das vendas permaneça lento. Nos mercados FOB, os prêmios permaneceram inalterados em torno de US$ 1,28/bushel para fevereiro. Para fevereiro, essa cotação equivalia a US$ 433,00 a tonelada, um aumento de cerca de US$ 3,00 a tonelada no dia.

Em Santos, alguns interesses de venda foram ouvidos para fevereiro, embora em níveis que equivaleram a ofertas de cerca de US$ 1,50/bushel. O preço fixo para fevereiro foi de US$ 438,00 a tonelada.

Dólar 

O dólar fechou em alta de 0,11%, cotado a R$ 5,6114 para a venda, oscilando entre uma máxima a R$ 5,6274 (+0,39%) e uma mínima a R$ 5,5484 (- 1,02%).

CBOT 

Os contratos futuros da soja dão sequência ao movimento de alta de ontem nesta quarta-feira (21) na Bolsa de Chicago. Por volta das 9h45 (Horário de Brasília), os principais vencimentos registravam ganhos de 9,75 a 10 centavos, com o novembro cotado a US$ 10,73¾ e o janeiro cotado também a US$ 10,73¾ o bushel. Não há grandes novidades no momento, porém, os fundamentos atuais já são suficientes para a manutenção das altas, segundo analistas e consultores.

“Os fundamentos conspiram a favor de preços internacionais mais altos, movimento que só deve ser interrompido por  movimentos de realização de lucros, especialmente se o clima voltar a se normalizar no Brasil e/ou houver maior grau de pessimismo em relação a vacina para o Covid19”, disse o  consultor da TradeHelp e da Cerealpar, Steve Cachia.

Assim, a tendência de alta na CBOT continua, ainda segundo Cachia, e monitorando a demanda chinesa nos EUA, o plantio atrasado no Brasil e também o movimento do dólar frente ao real.

“O dólar dá um passo para trás e dois para frente, visto que ainda há muitas incertezas relacionadas a eleição presidencial nos EUA, Covid19 no mundo e da situação fiscal no Brasil, as quais levam o mercado a se proteger mais do que arriscar”, complementa o consultor.

Milho 

No Rio Grande do Sul, segundo a TF Agroeconômica, os preços mantiveram a alta do dia anterior a R$ 75,00 em Ibirubá; R$ 74,00 em Cachoeira do Sul; R$ 71,00 em Ijuí; R$ 70,00 em Passo Fundo. Nas demais localidades do Estado oscilaram entre R$ 68,00 e R$ 69,00 no mercado de lotes.

Em Santa Catarina, depois da alta do dia anterior, os preços deram uma respirada, se mantendo inalterados nesta terça-feira a R$ 76,00 em Concórdia e Joaçaba. No Alto Vale do Itajaí o preço continuou a R$ 75,00, assim como continuou a R$ 73,00 em Campos Novos. Em Mafra o preço se manteve a R$ 69,00. Nas demais localidades os preços no mercado de lotes oscilaram entre R$ 62,00 (Canoinhas) e R$ 72,00 (Chapecó).

No Paraná, os preços atingiram R$ 70,00 no mercado spot. No mercado de balcão para os produtores paranaenses os preços ficaram entre R$ 60,00 e R$ 62,00. Já no mercado de lotes, os preços subiram R$ 1,50 para de R$ 70,00 em Cascavel, Londrina, Maringá e Ponta Grossa, posto indústrias e R$ 65,00 para entrega em outubro e pagamento em novembro. Na Ferrovia, de Maringá, R$ 64,00 (R$ 61,50 anterior) para a safra 2020 para entrega de 25/10 a 15/11 e pagamento em 05/11. No porto de Paranaguá, o preço spot também subiu para R$ 70,00 para entrega em outubro e pagamento no final do mesmo mês.

Os preços do milho no Mato Grosso do Sul, principal fornecedor para os estados do RS, SC e SP, permaneceram inalterados a R$ 66,00 em Caarapó; R$ 65,50 em Campo Grande; subiram R$ 1,70 para R$ 64,00 em Chapadão do Sul; subiram R$ 0,60 para R$ 64,30 em Dourados; subiram R$ 0,70 pra R$ 62,50 em Maracajú; subiram R$ 1,70 para R$ 63,20 em São Gabriel do Oeste e R$ 0,50 para R$ 62,50 em Sidrolândia.

Agrolink/Reuters/Notícias Agrícolas/SNA 

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