Soja: prêmios disparam no Brasil e mercado nacional tem preços até 6% mais altos e bons negócios

A semana da soja no mercado brasileiro foi intensamente marcada pela disparada dos prêmios nos portos do país. Somente em Paranaguá, as referências chegaram a bater no recorde de US$ 1,90 acima das cotações da Bolsa de Chicago e refletiram em ganhos consideráveis para os preços no Brasil.

Segundo levantamento feito pelo analista Marcos Araújo, da Agrinvest Commodities, no mesmo período do ano passado, esses prêmios estavam na casa dos US$ 0,21, depois de uma semana bastante volátil.

“Isso tudo se refere, principalmente, á possível tarifação da soja norte-americana pela China”, disse Araújo, que lembra, porém, que ainda não foi completamente efetivada. Os chineses afirmam, afinal, que tais medidas só serão colocadas em prática na medida em que as ações de Donald Trump de taxar produtos americanos forem aprovadas.

Com isso, a formação dos preços no mercado nacional reagiu de forma imediata. O levantamento feito pelo economista André Bitencourt Lopes, do Notícias Agrícolas, mostra que as cotações acumularam altas de até 6,45%, como foi o caso de Primavera do Leste, em Mato Grosso, onde a saca fechou cotada a R$ 72,60.

No porto de Paranaguá, a saca da soja no mercado disponível terminou a semana cotada a R$ 86,00, em alta de 5,52% e em Rio Grande, alta de 3,74%, cotada a R$ 80,50. Nos melhores momentos da semana, as cotações no terminal paranaense chegaram a R$ 87,00 e a movimentação dos preços motivou muitos negócios entre os produtores brasileiros nestes últimos dias.

“Os importadores este ano estavam pagando US$ 3,40 por saca a mais pela soja brasileira do que no mesmo período do ano passado. Foi muito atraente. Tivemos uma combinação que poucas vezes acontece no mercado, com altas em Chicago, uma disparada do prêmio e uma alta também do dólar, e isso motivou grandes volumes no mercado físico brasileiro”, disse o analista da Agrinvest.

 

Fonte: Notícias Agrícolas

 

 

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