Soja: Mercado físico acompanha a alta de Chicago e negociação melhora

Os preços da soja subiram nas principais praças do País nesta quinta-feira (20), acompanhando mais um dia de alta em torno de 2% dos contratos futuros em Chicago. A alta só não foi mais consistente porque o dólar voltou a cair bem. Mas diante da alta dos preços, o produtor voltou ao mercado e entre 50.000 e 100.000 toneladas foram negociadas.

“O mercado físico está bem bagunçado. O produtor está praticamente leiloando a soja que está sendo colhida, o que distorce bastante os preços. Como resultado, preços bem regionalizados hoje e negócios moderados”, resume o analista da Safras & Mercado, Evandro Oliveira.

  • Passo Fundo (RS): a saca subiu de R$ 186,00 para R$ 186,50
  • Região das Missões: a cotação avançou de R$ 185,00 para R$ 185,50
  • Porto de Rio Grande: o preço subiu de R$ 184,50 para R$ 185,50
  • Cascavel (PR): o preço subiu de R$ 174,50 para R$ 177,00 a saca
  • Porto de Paranaguá (PR): a saca subiu de R$ 180,00 para R$ 183,00
  • Rondonópolis (MT): a saca passou de R$ 165,00 para R$ 164,00
  • Dourados (MS): a cotação subiu de R$ 164,50 para R$ 167,00
  • Rio Verde (GO): a saca aumentou de R$ 163,00 para R$ 164,00

Soja em Chicago 

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) fecharam a quinta-feira com preços mais altos. O sentimento de boa demanda pela soja americana e as preocupações com o tamanho das safras na América do Sul deflagraram um intenso movimento de compras técnicas, colocando os preços próximos das máximas do dia.

Há rumores de compras chinesas de soja dos Estados Unidos. Nessa semana, números positivos de exportação e esmagamento americanos ajudaram na recuperação dos preços. Nesta sexta-feira (21), o USDA divulga seu relatório semanal de vendas líquidas. O mercado estima em um volume entre 700.000 e 1.4 milhão de toneladas.

As importações de soja dos Estados Unidos pela China dispararam em dezembro em relação ao mês anterior. Já as compras de produto do Brasil pela China caíram.

A China, maior compradora mundial de soja, importou 2.12 milhões de toneladas do Brasil em dezembro, queda de 43% em relação as 3.75 milhões de toneladas no mês anterior, segundo a Administração Geral da Alfândega. Em relação ao mesmo mês do ano anterior, aumentou 80%, quando importou 1.18 milhão de toneladas.

Dos Estados Unidos, a China importou 6.09 milhões de toneladas em dezembro, aumento de 68% em relação as 3.63 milhões de toneladas no mês anterior. Em relação a dezembro de 2020, ficaram 4% acima das 5.84 milhões de toneladas.

O clima seco continua sendo motivo de preocupação para os produtores no Sul do Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. O mercado avalia que a quebra no potencial produtivo da região possa ser ainda maior que as recentes estimativas.

Câmbio

O dólar comercial fechou em baixa de 0,90%, cotado a R$ 5,4160 para compra e a R$ 5,4170 para venda. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre uma mínima de R$ 5,3800 e uma máxima de R$ 5,4610.

Fonte: Agência Safras 
Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp