Soja: Indicadores caem 13% em janeiro

Foto de Thomas Kinto na Unsplash

Soja

Os preços da soja caíram em janeiro, refletindo a oferta acima da demanda. Para o Indicador ESALQ/BM&FBovespa – Paranaguá (PR), a média mensal foi de R$ 126,93/saca de 60 kg e para o Indicador CEPEA/ESALQ – Paraná, de R$ 121,18/saca, forte queda de 13% em relação a dez/23, para ambos, esses são os menores valores desde julho/20, em termos nominais.

Segundo pesquisadores do CEPEA, a produção não está tão apertada como apontado por alguns agentes, há baixo volume comprometido com vendas antecipadas, e as perdas brasileiras devem ser mais que compensadas pelo aumento de produção na Argentina e no Paraguai. Do lado da demanda, o interesse da China na oleaginosa nacional segue enfraquecido. Como resultado, os prêmios para exportação recuam, pressionando o mercado interno.

Milho

Levantamento do CEPEA indica que no acumulado de janeiro, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa do milho (região de Campinas-SP) caiu 9,90%. Segundo pesquisadores do CEPEA, compradores se mantêm retraídos, aguardando quedas mais expressivas nas cotações. Além disso, o recuo dos preços externos e da taxa de câmbio também pressiona os preços no Brasil, ao reduzir a paridade de exportação.

Produtores, por sua vez, estão concentrados nos trabalhos de campo. No Sul do País, o avanço da colheita, que aumenta a oferta do cereal, tem pressionado os preços. No Sudeste, apesar de uma safra de verão menor, colheitas pontuais também aumentam o volume ofertado.

Já no Centro-Oeste, são os estoques remanescentes da safra 2022/23 que permitem que produtores aumentem a disponibilidade no mercado spot. Para a segunda safra, a redução na área e a estimativa de uma menor produção ainda deixam agentes atentos quanto à oferta, aos preços e à comercialização no 2º semestre.

Fonte: CEPEA
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